"Nem Lula, Nem Bolsonaro"
Dia 12, um ato da Folha, da Globo e do PSDB
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Doria um dos lideres do movimento.
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Foto: Reprodução
Após os gigantescos atos de Bolsonaro em Brasília e São Paulo e dos grandes atos promovidos pela esquerda em todo o País, a imprensa burguesa joga peso na convocação do ato da terceira via que irá acontecer neste dia 12 de Setembro.
Os mesmo setores que atacaram a manifestação da esquerda como Doria, que não só proibiu a esquerda de se manifestar na Avenida Paulista no 7 de Setembro, deixando o caminho livre para o Bolsonaro, como quis proibir a esquerda de se manifestar em todo o estado de São Paulo, alegando que o dia da esquerda se manifestar seria dia 12 de Setembro, a imprensa burguesa, que escondeu os atos da esquerda e partidos que integram a frente Fora Bolsonaro, como PDT, PSOL E PCdoB, demonstram apoio a impulsionam a convocação do ato “Nem Lula, Nem Bolsonaro”.
A Rede Globo chegou a lançar uma matéria intitulada “Não saia às ruas no 7 de Setembro”, colocando-se da seguinte maneira:
“O que parece covardia pode ser sabedoria. Vamos deixar para sair no domingo 12. Tudo o que deseja o profeta da morte Jair Bolsonaro é um confronto direto, é a desordem, um pretexto para intervir e colocar os militares nas ruas. Esse golpista no Planalto insuflou uma guerra civil – de preferência com vítimas. Não está satisfeito com os quase 600 mil mortos da pandemia. Quer mais. Quer o pandemônio. Aproveite o 7 de Setembro para celebrar a vida, entre os seus. Com máscara e vacina. Olhe pela TV a demonstração de ódio e intolerância, financiada por grupos poderosos. Esse é o conselho que dou a meus filhos. Proteste em outro dia, não bata boca com milícias bolsonaristas. A voz da Oposição será mais forte depois. Paz, amor e saúde para você.”
O interessante é que esta matéria foi escrita antes do 07 de Setembro e mesmo a esquerda saindo as ruas tudo o que eles dizem que aconteceria simplesmente não se confirmou é como disse o companheiro Rui Costa Pimenta:
“A esquerda pequeno-burguesa que diz que vai no ato do MBL é como uma criança que tem medo de bicho-papão. Se você mostrar a eles um bicho papão, eles apoiam até os golpistas fascistoide do PSDB, do DEM e do MBL. No dia 7 estavam com medo de sair às ruas por causa do bicho papão”.
A imprensa burguesa é quem produz os bichos papões da esquerda. Agora podemos observar que todo o alarde que teria um golpe é para puxar setores da esquerda para a armadilha da 3º via que é o ato do próximo domingo.
Segundo matéria da Folha, o ato do bolsonarista do dia 07 de Setembro teria impulsionado setores da direita aderir ao Impeachment intitulada “Presidenciáveis defendem impeachment de Bolsonaro, e partidos tentam superar 2022 para engrossar frente” o que podemos traduzir por “Com o aumento da polarização, partidos da direita tentam controlar a tendência cada vez maior pelo Fora Bolsonaro que vem das ruas”.
Na matéria é citada a adesão deste partidos “Nesse sentido, siglas de esquerda comemoraram a adesão de novos partidos ao impeachment . Após os atos bolsonaristas, além de PSDB, PSD e MDB abriram envolvidos sobre crimes de responsabilidade do presidente. Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, se posicionou a favor do impeachment. Como mostrado na Folha , a junção a pressão por atos de rua unificados, da esquerda e da direita, em resposta ao Bolsonaro. Até o momento, uma iniciativa mais ampla pelo impeachment foi o super pedido apresentado em junho por partidos de esquerda, entidades da sociedade civil, MBL e alguns deputados de direita.”
O fato por detrás desse suposto apoio de setores que antes não apoiavam o impeachment é o aumento da polarização, querem canalizar a revolta contra o governo Bolsonaro em uma saída institucional e pela 3º via, preferencialmente Dória e o PSDB, se mostrar como uma alternativa ao bolsonarismo, a proposta de fazer atos unificados da esquerda e da direita visa este objetivo, anular a iniciativa da esquerda e principalmente a ala lulista.
A esquerda não deve cair nesta armadilha, deve seguir independentes da burguesia, apoiando-se na população, convocando novas mobilizações, fazendo um balanço dos erros cometidos até aqui, indo aos bairros populares, fábricas, trens, metrôs, construir comitês de luta por cidade, bairros, categorias, setores de trabalho. É necessário uma ampla organização dos trabalhadores para derrotar a extrema-direita e a direita tradicional.
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