Da redação – A crise do sistema de saúde na Grande São Paulo chegou e quem paga é o povo. Com a ocupação de 89% dos leitos de UTI da rede estadual, aumenta a pressão sobre todo o sistema na região a um nível catastrófico.
O governo fascista, que não preparou mais leitos, respiradores, testes, EPIs, decidiu agora, por enviar os pacientes graves para tratamento no interior do estado, porém, nestas regiões a ocupação dos leitos de terapia intensiva está em 69%.
A ação é completamente irresponsável. Se falta EPIs e estrutura na maior capital do país, os trabalhadores estarão se colocando em posição de risco fazendo o transporte, podendo levar mais casos para infectar ainda mais pessoas no interior, ao invés de abrir leitos na própria capital. O governo não quer gastar o dinheiro que rouba do povo e para isso vai matar mais pessoas e desovar os cadáveres no interior, aumentando a crise entre as famílias.
“Passamos agora, a partir deste final de semana, a utilizar os leitos do interior para o tratamento de pacientes aqui da Grande São Paulo”, disse o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann.
Existem 1.744 pessoas em UTI em São Paulo, outras milhares em fila de espera, morrendo sem respiradores, enquanto a possibilidade de encaminhar pessoas para outras cidades foi citada pelo secretário estadual de Saúde no começo desta semana, como se fosse alguma solução para um problema desta envergadura.
E para além, os casos de pessoas, inclusive idosos, que foram mandados de volta para casa com todos os sintomas, é ainda mais aterrorizante. Sem contar as subnotificações que são cada mais maiores mas o governo nazista não faz absolutamente nada. Os trabalhadores da saúde estão morrendo sem UPIs, médicos perecendo, infectando mais pessoas à volta, familiares, é um verdadeiro cenário de guerra.
As ações do governo tucano frente ao coronavírus foram todas absurdas. Ao invés de aumentar o número de transportes, para aumentar a segurança no maior espaço entre as pessoas, eles diminuíram. Os motoristas dos transportes não tem EPIs até hoje. A quarentena não foi estruturada, enviando o povo pras ruas atrás de salário pra não morrer de fome. Testes não estão acontecendo em massa, na região mais populosa do país e uma das mais do mundo. Não foram criados hospitais de campanha com números expressivos de UTIs, com produção massiva de respiradores pelo estado, expropriando fábricas para o bem do povo.
Resumindo, a direita brasileira, no geral, está matando a população pelo abandono completo e consciente. A crise da burguesia é completa. O tal “sistema eterno” dos neoliberais, mal consegue dar conta do seu povo, que, na hora do lucro, se mata de trabalhar, mas na hora que mais precisa, é assassinado em massa.