Os agentes do imperialismo, particularmente o norte-americano, tentam novamente concretizar o que jamais conseguiram em mais de 60 anos: derrubar o Estado Operário e derrotar a Revolução Cubana.
Utilizam-se das dificuldades econômicas de um país pobre e atrasado para voltar a população contra o governo e o regime político de Cuba. É bem verdade, e tanto os cidadãos como o governo cubano sabem disso, que com a pandemia do coronavírus a situação da economia da ilha apenas se agravou.
Entretanto, o que escondem os imperialistas e seus lacaios é que o gerador de todas as mazelas que possam sofrer os cubanos não é o governo e, muito menos, o regime político do país. O grande causador desses males é o próprio imperialismo, mais precisamente o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo imperialismo desde os primeiros anos da revolução.
O bloqueio total foi imposto em 7 de fevereiro de 1962 pelo presidente dos EUA, John F. Kennedy ─ na época, e até hoje, retratado como um progressista, um humanista, um pacifista.
Quase 60 anos depois, outro presidente dito como maravilhoso pela propaganda imperialista, Joe Biden, mantém essa medida genocida. No dia 23 de junho deste ano, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou, pela 29ª vez consecutiva, favoravelmente pelo fim do bloqueio a Cuba. Praticamente todos os países-membros da ONU condenaram o bloqueio. Apenas EUA e Israel votaram a favor da manutenção da medida, que viola o próprio Direito Internacional estabelecido pela burguesia mundial.
O criminoso bloqueio a Cuba impede o país de importar qualquer produto que tenha, em alguma medida, origem norte-americana. Por exemplo, se Cuba tentar comprar algum equipamento para tratores, e esse equipamento possuir alguma peça fabricada por uma empresa dos EUA, automaticamente a empresa que tentar vendê-lo para Cuba será advertida pelos órgãos norte-americanos que sofrerá sanções econômicas caso faça a venda. Como a esmagadora maioria dos produtos em todas as áreas tem participação norte-americana, Cuba assim fica praticamente isolada do comércio mundial.
Cuba é impedida, devido ao bloqueio, de adquirir produtos básicos de uso diário, como alimentos, remédios, equipamentos para a indústria, a agricultura, a medicina, o ensino, a infraestrutura, ciência ou tecnologia.
A imprensa imperialista tanto propaga que em Cuba há apagões. Mas não fala que é porque o país não pode comprar equipamentos para modernizar a sua rede elétrica. A mesma imprensa sempre enfatizou a falta ou debilidade da Internet em Cuba. Mas nunca informou que os EUA controlam todo o cabeamento de Internet nas Américas, e impede que os cabos abasteçam a ilha. Cuba conseguiu algum acesso à Internet graças à parceria com o governo chavista da Venezuela, que lhe forneceu uma alternativa para garantir minimamente ao povo cubano o direito à informação e à comunicação.
O bloqueio imperialista contra Cuba, em quase seis décadas de vigência, causou um prejuízo econômico de aproximadamente 1 trilhão de dólares. Para um país pequeno e pobre como é Cuba e como são todos os países da América Central e do Caribe, isso significa um enorme crime contra o povo. De fato, o bloqueio contra Cuba é mais do que isso: é um crime contra a humanidade.
Neste momento em que o povo cubano sofre covardes ataques do imperialismo, que se utiliza do bloqueio econômico para fazer uma campanha contra a Revolução Cubana, é dever de todos os revolucionários, democratas e progressistas sair em defesa de Cuba.
A esquerda brasileira precisa imediatamente iniciar uma ampla campanha nacional, e levantá-la também a nível internacional, pelo fim do bloqueio.
Neste dia 24 de julho, quando os trabalhadores brasileiros voltarão às ruas exigindo seus direitos, pela derrubada do governo Bolsonaro e de todo o regime golpista, é preciso também levantar bem alto a bandeira de Cuba, a bandeira da revolução, e gritar até perder o fôlego:
Abaixo o bloqueio criminoso do imperialismo contra Cuba!
Cuba soberana!
Fora imperialismo e seus lacaios de Cuba, do Brasil e da América Latina!