Editorial

A lição que a Enel deixou

Empresa já foi condenada diversas vezes por danos materiais, morais e lucros cessantes, sendo obrigada a indenizar empresas e moradores prejudicados

Os sucessivos apagões em São Paulo escancaram mais uma vez o desastre que é a política de privatizações levada a cabo pela direita e aplicada com entusiasmo pelos representantes da burguesia como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB). A Enel, multinacional italiana que comprou a antiga Eletropaulo, virou símbolo da completa falência do modelo privatista: uma empresa que lucra às custas da destruição da infraestrutura e do sofrimento da população.

No dia 10 de dezembro de 2025, mais de 2,2 milhões de imóveis na Grande São Paulo ficaram sem energia. Quase duas semanas depois, ainda havia quase 20 mil residências no escuro. É mais um episódio numa longa sequência de apagões que, desde 2023, vêm afetando milhões de pessoas. A Enel já foi condenada diversas vezes por danos materiais, morais e lucros cessantes, sendo obrigada a indenizar empresas e moradores prejudicados.

Enquanto o povo sofre sem luz, sem água, com alimentos estragando e prejuízos acumulando, a empresa tenta se eximir de qualquer responsabilidade, alegando “força maior” e culpando o clima, como se não fosse previsível a ocorrência de chuvas e ventos intensos em São Paulo. O Tribunal de Justiça paulista já rejeitou essa desculpa esfarrapada em diversas ações, responsabilizando a concessionária pela sua inércia criminosa diante da crise.

As cifras envolvidas nas ações judiciais mostram a gravidade da situação. Uma seguradora teve que pagar R$97 mil por danos causados pela pane de elevadores em Osasco. Um supermercado em Itapecerica da Serra precisou desembolsar R$53 mil em geradores. Uma casa de shows em Pinheiros amargou R$59 mil em prejuízos diretos, fora a perda de receitas nos dias de maior movimento.

A comoção é tamanha que até os próprios defensores do capital — o governador Tarcísio e o prefeito Nunes — passaram a pedir a rescisão do contrato com a Enel. Um teatro hipócrita: foi esse mesmo setor que empurrou goela abaixo a privatização do setor elétrico, entregando o controle de um serviço essencial a uma empresa estrangeira cujo único compromisso é com o lucro de seus acionistas.

O povo tem pagado com o seu sofrimento o preço da entrega do patrimônio público. O caos nos serviços de energia se repete em todo o país: onde há privatização, há destruição, demissão em massa, aumento das tarifas e colapso na infraestrutura. E o que se vê em São Paulo é o retrato perfeito disso.

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