Análise Internacional

Rui Pimenta: até imprensa se dobrou à vitória do Hamas

Acordo, mesmo que não seja totalmente cumprido, representa uma vitória significativa para o Hamas

No Análise Internacional desta quinta-feira (9), transmitido pelo Diário Causa Operária, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) detalhou a complexidade do recente acordo de cessar-fogo e paz duradoura para o conflito na região, mediado por países árabes e pelos Estados Unidos. A proposta, que visa uma trégua permanente, encontrava-se em um impasse devido à falta de consenso no parlamento israelense.

Apesar da gratidão expressa pelo primeiro-ministro Benjamin Netaniahu ao presidente dos EUA, Donald Trump, não houve uma confirmação oficial de “Israel” sobre a aceitação do acordo. O presidente do PCO destacou a fragilidade desses pactos, levantando a questão: o que acontece se, após uma troca de prisioneiros, “Israel” retomar os ataques?

Para Pimenta, o acordo, mesmo que não seja totalmente cumprido, representa uma vitória significativa para o Hamas. A simples negociação já demonstra que a estratégia israelense de “exterminar todo mundo” falhou. Se “Israel” tivesse capacidade para levar a cabo seus planos, não faria acordo algum. Esse cenário, segundo o dirigente, é um reconhecimento implícito por parte dos Estados Unidos de que o Hamas não pode ser tratado apenas como uma “organização terrorista”, mas sim como uma força política e de resistência com a qual é preciso negociar.

Pimenta mencionou a mudança de narrativa na grande imprensa, como a Globo e outros veículos, que teriam passado a usar o termo “grupo armado” para se referir ao Hamas, em vez de “grupo terrorista”, indicando uma alteração sutil na cobertura da imprensa.

O comentarista fez uma crítica contundente ao partido de Bejnamin Netaniahu, o Likud, um descendente direto de uma organização fascista europeia, a organização de Jabotinsky, inspirada no fascismo italiano e no nazismo alemão. Pimenta ressaltou a diferença entre criticar o movimento sionista e ser antissemita, afirmando que o movimento se esconde “de maneira covarde” por trás do Holocausto. Para ele, a postura do Likud e de “Israel” se assemelha à de uma “quadrilha” de criminosos que, apesar de privilegiados, agem com violência e opressão.

O comentarista citou o jornal israelense Haaretz, que noticiou tentativas de sabotagem ao acordo dentro do próprio governo de Netaniahu. As exigências do Hamas, vistas como “absurdas” por alguns, incluem a libertação de Marwan Bargouti, uma liderança do Fatá, e a devolução dos restos mortais do mártir Iahia Sinuar.

Para Pimenta, a exigência da libertação de uma liderança do Fatá é uma “coisa extraordinária” que demonstra que o Hamas se comporta como um movimento nacional, reconhecendo que “os presos do Fatá também são presos do Hamas”. Isso, segundo o analista, aponta para uma preocupação com a união entre os grupos palestinos.

Rui Costa Pimenta concluiu que, se o acordo fracassar ou se resumir apenas à troca de prisioneiros, o Hamas continuará a lutar. A busca por um acordo não significa que o Hamas esteja em dificuldade militar, mas sim que ele busca minimizar o sofrimento do povo palestino, algo que o presidente do PCO ressalta não ser de responsabilidade do movimento.

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