Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

O regime imperialista britânico beija a lona

Apoio ao sionismo, repressão, manifestações da direita e crescimento da esquerda acuam o governo direitista de Starmer

O governo do primeiro-ministro  Keir Starmer – da ala direita do Partido Trabalhista – se vê, nesse momento, ameaçado de queda em função da escalada da crise motivada pelo aumento das tensões sociais presentes no cenário político britânico.

O governo trabalhista de Starmer (abertmente pró-sionista vem intensificando a repressão contra os movimentos em defesa da Palestina, efetuando prisões e reprimindo protestos. Somente nos meses de agosto e setembro foram efetuadas cerca de mil prisões de ativistas pró-palestina. Acrescenta-se a isso a decisão do governo de banir o grupo “Palestine Action”, classificado (absurdamente) de terrorista. Isso implica que ser membro do grupo pró-palestino, ou mostrar apoio a ele, é agora tipificado como um delito penal que pode levar a até 14 anos de prisão, sob a Lei de Terrorismo do ano 2000. Vozes oriundas da moderada e pró-imperialista Nações Unidas criticaram a decisão, argumentando que “danos materiais isolados, sem risco à vida humana, não são suficientemente graves para serem considerados terrorismo”. 

Um dos acontecimentos que marcam o aprofundamento da crise, colocando em xeque o mandato de Starmer e todo o conjunto do regime político imperialista britânico, foi a marcha anti-imigração convocada pelos setores direitistas liderados por Tommy Robinson, sob o slogan “Unir o Reino”, ocorrida em Londres no último dia 13, que, de acordo com números divulgados, reuniu mais de 100 mil pessoas na capital inglesa. 

Todavia, não somente os protestos direitistas anti-imigração e racistas que tiveram lugar na capital inglesa pressionam seu governo. O desenvolvimento da luta operária no Reino Unido, com o deslocamento de importantes setores da esquerda britânica (sobretudo o sindicalismo combativo) para posições classistas, expresso na criação, recentemente, de um novo partido de esquerda no Reino Unido – antissionista e com tendências anti-imperialistas – iniciativa liderada pelo parlamentar independente Jeremy Corbyn, se apresenta como um elemento de enorme importância no cenário político do país. O novo partido foi criado em oposição ao Partido Trabalhista, já há algum tempo controlado pela direita (Tony Blair, Starmer, etc.), do qual Corbyn foi expulso.

A crise que abala atualmente os alicerces do governo de Keir Starmer – e de uma forma mais ampla do sistema imperialista britânico – se dá também em razão da postura submissa do Reino Unido aos ditames do imperialismo norte-americano. A administração Trump vem impondo aos “aliados” europeus as mais duras sanções de ordem econômica, sobretaxando as  exportações dos principais países da União Europeia, sob a aceitação passiva de seus governantes, cuja única preocupação é atacar a Rússia.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a deste Diário

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