Izadora Dias

Izadora Dias é militante do Partido da Causa Operária em São Paulo, coordenadora do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo e integrante da Secretaria de Organização do PCO. É militante anti-imperialista e anti-identitária. É estudante da USP e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

O identitarismo virou as costas para as mulheres palestinas

Nesta terça-feira (08/04), o Coletivo Rosa Luxemburgo discutirá a luta em defesa da mulher palestina.

Enquanto o mundo testemunha o genocídio do povo palestino promovido pelo Estado sionista de “Israel”, é impossível ignorar o silêncio de parte significativa da chamada “esquerda identitária” — a esquerda ligada às ONGs imperialistas. Organizações que se dizem defensoras dos direitos das mulheres estão caladas diante da brutalidade sofrida pelas palestinas.

Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 45 mil palestinos foram mortos, sendo que aproximadamente 70% dessas vítimas são mulheres e crianças. As mulheres palestinas estão entre os principais alvos da violência colonial: são mães, esposas, estudantes e trabalhadoras que têm suas casas destruídas, seus filhos assassinados, seus corpos violados — estão morrendo de fome e sede por conta dos bloqueios impostos por “Israel”.

Mas, para os setores identitários que se alimentam de pautas fragmentadas e performáticas, essas mulheres não parecem dignas de solidariedade.

É por isso que o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, do Partido da Causa Operária, realizará, na próxima terça-feira, 8 de abril, às 19h, uma reunião online aberta com o tema “O identitarismo abandonou as palestinas”, baseada em uma matéria da Revista Mulheres nº 47, intitulada “Em defesa da Palestina”. O objetivo é claro: fortalecer a luta das mulheres revolucionárias em uma perspectiva internacionalista e socialista, denunciando a hipocrisia de quem se diz “progressista”, mas se curva ao imperialismo.

Enquanto o identitarismo faz demagogia com a situação das mulheres — pedindo mais penas e repressão como suposta solução para a violência doméstica —, o Coletivo Rosa Luxemburgo reafirma o caminho da organização política real, da solidariedade concreta e da luta de classes. Não há movimento de mulheres possível que ignore o massacre de um povo inteiro. A luta das mulheres é, antes de tudo, uma luta contra o imperialismo.

A reunião é aberta a todas e todos que queiram se somar a essa perspectiva classista. As inscrições podem ser feitas pelo formulário, e outras informações estão disponíveis pelo contato (11) 95208-8335 ou no Instagram @rosaluxemburgo.pco.

A omissão frente à barbárie também é uma forma de conivência. E, neste momento histórico, o verdadeiro movimento de mulheres é aquele que se levanta ao lado das mulheres palestinas.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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