Espírito Santo

Prefeito de Vila Velha ameaça despejar 800 famílias

Em 2022, uma operação policial em Cariacica desalojou 200 famílias sem alternativa habitacional, sob ordens de reintegração de posse

Mais de 800 famílias da ocupação Jabaeté, em Vila Velha, Espírito Santo, estão sob risco iminente de despejo após a prefeitura se recusar a dialogar com o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM). Na última terça-feira (25), o movimento ocupou o prédio da administração municipal para exigir soluções habitacionais, mas o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), ignora os moradores para favorecer a venda de terras ocupadas há mais de oito anos. A redação do Diário Causa Operária foi procurada pela direção nacional do MNLM para denunciar o ataque aos movimentos de moradia e o descaso das autoridades.

A manifestação na prefeitura foi uma resposta à ordem de despejo marcada para o dia 28 de março. Segundo Matheus, da direção do MNLM, a área em Jabaeté abriga famílias que lutam por moradia há quase uma década.

Um decreto que destinava o terreno para habitações sociais foi derrubado pelo governo municipal atual, que agora apoia um suposto proprietário sem documentos válidos. A prefeitura alega não ter sido informada sobre audiências públicas ou convocada para negociações, mas o movimento afirma ter buscado diálogo com a Secretaria-Geral da Presidência, o Ministério das Cidades, o Ministério da Justiça e o governo estadual, sem sucesso.


A falta de negociação não é novidade no Espírito Santo. Em 2022, uma operação policial em Cariacica desalojou 200 famílias sem alternativa habitacional, sob ordens de reintegração de posse. Dados do IBGE apontam que o déficit habitacional no estado supera 100 mil moradias.


Os moradores de Jabaeté vivem sob tensão. A ordem de despejo, se cumprida, deixará centenas sem teto em plena crise econômica. O MNLM destaca que a prefeitura se esquiva de reuniões e descumpre compromissos sociais, enquanto o suposto dono da terra não apresenta provas de posse legítima. A ocupação da prefeitura foi pacífica, mas a resposta oficial foi o silêncio.


A situação em Vila Velha não é isolada. No Brasil, cerca de sete milhões de famílias vivem em condições precárias, segundo a Fundação João Pinheiro, contingente que aumenta todos os anos. Só em 2023, mais de 20 mil pessoas foram despejadas por decisões judiciais, muitas sem realocação. O MNLM já acionou órgãos federais e estaduais, mas a resistência da prefeitura impede avanços. Enquanto isso, os moradores se preparam para resistir ao despejo, previsto para quinta-feira (27), e cobram uma solução que não os jogue na rua.

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