Rio Grande do Sul

Cidades gaúchas ainda não conseguem lidar com chuvas mais fortes

Temporais causaram destelhamentos, alagamentos e cortes nos serviços de energia e água, evidenciando a fragilidade da infraestrutura local frente às chuvas

Quatro cidades do Sul do Rio Grande do Sul enfrentaram transtornos no último fim de semana devido a temporais que chegaram no sábado (8), após dias de calor intenso. Jaguarão, Rio Grande, Canguçu e Pedro Osório registraram destelhamentos, alagamentos e cortes nos serviços de energia e água, evidenciando a fragilidade da infraestrutura local frente às chuvas, que, embora previstas, continuam a causar estragos.

Em Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, três casas foram destelhadas, e um poste caiu na rua Marechal Floriano, escorado na parede de uma residência. Não houve feridos ou desabrigados, segundo a Defesa Civil. Já em Rio Grande, na praia do Cassino, o temporal que começou às 17h alagou ruas e deixou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e diversos consumidores sem energia até a madrugada. A Corsan/Aegea informou que a falta de luz comprometeu a estação de tratamento de água (ETA), parcialmente destelhada pelo vento, interrompendo o abastecimento. O serviço foi retomado às 7h de domingo, mas a distribuição segue instável.
Canguçu teve uma casa parcialmente destelhada, sem registro de desabrigados. Em Pedro Osório, 12 residências sofreram acúmulo de água de cerca de cinco centímetros, devido à sobrecarga no sistema de esgoto. A Defesa Civil informou que a água começou a recuar ainda na noite de sábado, sem necessidade de remoção de moradores. Os volumes de chuva variaram: o INMET apontou 33 mm em Rio Grande, 27,8 mm em Canguçu e 15,4 mm em Jaguarão, enquanto o CEMADEN registrou 99,8 mm em Pedro Osório entre sábado e domingo.
Os cortes de serviços foram o maior transtorno. Em Rio Grande, a energia só voltou na madrugada, e a água, paralisada por falhas eletromecânicas na ETA, segue em processo de normalização. A Corsan destacou que equipes atuaram em força-tarefa, mas a dependência de reservatórios cheios prolongou a espera. Alagamentos, como os de Pedro Osório e Rio Grande, expuseram a insuficiência dos sistemas de escoamento, incapazes de suportar precipitações mais intensas.
Quase um ano após a enchente catastrófica de maio de 2024, o Rio Grande do Sul segue vulnerável. As chuvas, sabidamente fortes nesta época, revelam a falta de preparo estrutural. A conclusão é inevitável: o estado continua castigado pela ditadura dos bancos e pelo neoliberalismo, que cortam investimentos públicos e privatizam serviços essenciais, como água e energia, deixando a população à mercê de calamidades previsíveis. Sem infraestrutura robusta, o povo gaúcho paga o preço da ganância capitalista.

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