Minas Gerais

Índios são brutalmente atacados pela PM-MG durante carnaval

Pelo menos 16 índios das aldeias Katurama e Naõ Xohã foram alvo de uma ação truculenta, com uso de gás de pimenta e cassetetes durante Carnaval

Índios dos povos Pataxó e Pataxó-Hãhãhãe foram brutalmente agredidos pela Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) na noite de 1º de março de 2025, em Brumadinho, durante as festas de carnaval, quando pelo menos 16 índios das aldeias Katurama e Naõ Xohã foram alvo de uma ação truculenta, com uso de gás de pimenta, cassetetes e ofensas racistas. A PM-MG, em uma demonstração de selvageria e violência desmedida, atacou até homens algemados e imobilizados, como o cacique Arakuãn, e prendeu cinco lideranças em uma UPA enquanto recebiam atendimento médico. A repressão não poupou mulheres e crianças, numa escalada de terror contra os índios que apenas queriam celebrar.
O ataque começou após uma confusão em uma festa, o que a PM transformou em uma operação de guerra. Homens já rendidos foram espancados, e lideranças relatam que a polícia manteve alguns em cárcere privado, enquanto outros, abrigados em pousadas, sofreram intimidação. A violência não é novidade: em dezembro de 2023, a mesma PM-MG assassinou o índio Alisson Lacerda Abreu, de 25 anos, do povo Xacriabá, em São João das Missões. Durante uma abordagem desastrosa, os agentes usaram spray de pimenta contra mulheres e crianças, e Alisson, que estava num evento beneficente, foi baleado e morto.
No dia seguinte, sete índios foram presos ilegalmente e mantidos em cárcere, evidenciando o padrão de brutalidade. Em Brumadinho, a prefeitura e a Arquidiocese de Belo Horizonte repudiaram o ocorrido, o que nada muda em relação ao histórico criminoso da polícia mineira. O assassinato de Alisson e as agressões no carnaval mostram que os índios enfrentam um inimigo armado e sem limites. A suposta “apuração” prometida pelas autoridades é só cortina de fumaça para acobertar os crimes.
Diante disso, os índios não podem esperar justiça de um Estado que os massacra. A autodefesa armada é o único caminho para enfrentar a violência policial e garantir sobrevivência dos índios. A PM, como braço repressivo da ordem burguesa, deve ser extinta. Só a luta organizada e armada dos índios pode pôr fim a essa barbárie e assegurar seus direitos contra um sistema que os quer exterminados.

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