Morreu nesta terça-feira, dia 4, aos 87 anos, em decorrência do mal de Alzheimer, o escritor e poeta Affonso Romano de Sant’Anna.
Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1937, Sant’Anna foi um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea, autor de mais de 60 livros.
Na adolescência, período em que viveu em Juiz de Fora, publicou seus primeiros textos na imprensa em 1953, escrevendo críticas sobre cinema e teatro.
Aos 18 anos, retornou a Belo Horizonte para ingressar no curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, formando-se em 1962, ano em que lançou seu primeiro livro, a coletânea de ensaios O Desemprego do Poeta.
Doutor em Letras, Sant’Anna dirigiu o departamento de Letras da PUC do Rio de Janeiro entre 1973 e 1976 e lecionou teoria literária e escrita em universidades estrangeiras.
Com um trabalho prolífico como crítico, ensaísta e cronista, produziu amplas reflexões sobre literatura, política e cultura brasileira. Transitou entre diversos gêneros literários, sendo autor de obras notórias como Que País é Este?, O Lado Esquerdo do Meu Peito, Sísifo Desce a Montanha e A Mulher Madura. Em 2006, recebeu o Prêmio Jabuti de poesia pelo livro Vestígios, um entre os diversos prêmios conquistados ao longo da carreira.
Também atuou como diretor da Fundação Biblioteca Nacional, onde implementou projetos de modernização do acervo e incentivo à leitura.