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Palestina

A picaretagem da esquerda que ‘esquece’ a Resistência

A esquerda pequeno burguesa tenta se passar por defensora da Palestina, mas até nisso mantêm o discurso quase idêntico ao do Partido Democrata dos EUA

A esquerda pequeno burguesa não consegue de fato defender a Palestina, ela capitula completamente diante do sionismo. Ainda assim, todos dizem defender os palestinos, no entanto, até mesmo o governo Biden diz ser defensor da Palestina. A questão não é tão complexa, aqueles que falam só do sofrimento humano dos palestinos, sem defender a luta do povo, sem defender a resistência, sem defender a vitória do Hamas, do Hesbolá, do Irã e do Iêmen na guerra, não estão de fato defendendo a Palestina. Isso fica claro no texto do Esquerda Diário “Abaixo o terrorismo de Israel! Basta de bombardeios e invasões imperialistas na Palestina e no Líbano!”

O texto começa descrevendo o sofrimento dos palestinos no último ano de genocídio na Faixa de Gaza. E então ele comenta: “a luta palestina é uma luta internacional. Demonstraram-se durante esse período a resistência do povo palestino, do povo do conjunto do Oriente Médio, manifestações multitudinárias por todo o globo, contando com bloqueios de transporte armamentício de trabalhadores do Mediterrâneo, que consideramos um exemplo estratégico de que a classe trabalhadora é que pode dar uma resposta para acabar com esse massacre. Assim como foi exemplo a juventude ocupando universidades no coração do imperialismo, como nos EUA, país que possui a burguesia, seja Democrata, seja Republicana, e o Estado que financiam o sionismo de Israel, e na França, mas também em universidades do México e no Brasil”.

É o único momento que o texto toca na luta armada do povo do Oriente Médio, de forma muito tangencial. Ele então cita todos os fatores secundários, manifestações de estudantes, greves de portuários, e outros tipos de protesto. Chega a ser ridículo um texto de uma organização autoproclamada comunista que não cita o fato do Iêmen estar em guerra com “Israel” para salvar Gaza. Ou que o Irã, que também está sendo atacado pelo imperialismo, lançou 180 misseis balísticos em “Israel” como forma de apoio à Gaza e ao Líbano.

Qual o grande problema? A esquerda pequeno burguesa não consegue adotar a política correta, defender as organizações que lutam contra o imperialismo. No passado a esquerda defendeu a guerrilha de Vietnã, defendeu os guerrilheiros cubanos, defendeu o MPLA de Angola, a FNL da Argélia, defendia inclusive a OLP da Palestina. Não existia nem essa discussão, defender esses países era o mesmo que defender as organizações. Hoje não, falam do sofrimento dos palestinos, mas não do Hamas, que é o partido do povo palestino. Isso leva essa esquerda a se tornar uma espécie de grupo de caridade, é a esquerda ONU. Só que a ONU é controlada pelos EUA, o que diz muito sobre essa esquerda.

O texto segue com as palavras de ordem: “abaixo o regime de apartheid e a opressão contra o povo palestino! Abaixo o Estado sionista de Israel! Por uma Palestina operária e socialista, pois só um Estado cujo objetivo seja acabar com toda opressão e exploração poderá garantir a convivência democrática e pacífica entre árabes e judeus, como um primeiro passo rumo a uma federação socialista no Oriente Médio!

É o golpe tradicional do esquerdista que quer se isentar da luta. “Palestina operária e socialista!”. Acham que o linguajar de aparência revolucionária os torna revolucionários. Mas a realidade é, nesse momento os maiores revolucionários não são os socialistas, são os islâmicos. Quem está na linha de frente contra o sionismo, a contra revolução mundial, é o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina, o Partido de Deus do Líbano, os Partidários de Deus do Iêmen e a República Isâmica do Irã.

Ou seja, a vitória da revolução islâmica nesse momento é muito mais revolucionário do que da “revolução socialista” imaginária desses esquerdistas. Isso porque ela é a luta real que se trava hoje. Isso também é valido para a Rússia contra a OTAN. A política revolucionária não é a apoiar a revolução imaginária dos sovietes, a política revolucionária é a apoiar a Rússia contra a OTAN. No caso da África, a política revolucionária é apoiar os governos militares nacionalistas contra Macron.

Isso não significa abdicar do programa marxista, mas não adianta de nada falar em revolução proletária sem nenhuma ligação com a luta do momento. Vejamos um caso mais simples. Imagine uma greve de metalúrgicos. Os operários estão pedindo 50% de aumento e os patrões querem dar apenas 12%. Quem é o grupo mais revolucionário: o que chega fortalecendo ao máximo a greve, quer lutar até o fim pelos 50%, coloca inclusive mais algumas reivindicações importantes; ou aquele que chega falando em revolução proletária apenas?

Obviamente que uma coisa não se opõe a outra, mas no ápice da greve é preciso defender a vitória da greve, é isso que avançará a luta dos trabalhadores. Ou seja, no ápice da guerra é preciso defender a vitória dos palestinos. Ou seja, é preciso defender a vitória militar do Hamas, do Hesbolá, do Iêmen, da Resistência Iraquiana, do governo da Síria e da República Islâmica do Irã. Ser contra a guerra se forma abstrata é uma política direitista. A política revolucionária é ser a favor da vitória militar dos oprimidos, ou seja, a vitória da revolução.

A atual conjuntura é que até a embaixadora dos EUA que vetou o cessar-fogo na ONU diversas vezes se tornou uma crítica do genocídio. Criticar o genocídio não é uma oposição real ao genocídio. É preciso apoiar aqueles que lutam para acabar com o genocídio, aqueles que são os mais perseguidos pelo imperialismo em todo o planeta. Quem não faz isso não defende de fato a Palestina.

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