Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e faz parte da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

Coluna

Bancários: organizar a luta contra a ofensiva dos banqueiros

Diante da crise que atinge a categoria bancária com demissão em massa, arrocho salarial, terceirização, etc. é necessário derrotar os banqueiros

Na quarta-feira (21), houve mais uma rodada de negociação, a nona, do Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), sendo que este último apresentou a ridícula proposta de reajustar, os já defasados salários dos trabalhadores bancários, em 85% do valor do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), ou seja, os “pobrezinhos” dos banqueiros propõem nem reajustar a inflação do período os salários da categoria.

Segundo a justificativa desses tão simplórios “seres humanos”, o motivo se deve a questão da “concorrência” em relação às instituições do sistema financeiro, um verdadeiro papo furado!  

Para se ter uma ideia de quanto esses parasitas da economia nacional e mundial, os banqueiros, estão dispostos a transformar, a cada dia, os trabalhadores em escravos, a rejeição dos banqueiros se dá em cima de uma pauta já ultra rebaixada, defendida pela burocracia sindical nos congressos e conferência da categoria bancária, de apenas reajustar os salários pelo INPC do período, mais 5% de “ganho real”. 

Os banqueiros recusaram em atender as propostas da categoria alegando uma tal de “competitividade” no setor em que, supostamente, eles estariam perdendo economicamente (esse é o tradicional golpe dos banqueiros: primeiro não apresentam nada, para em seguida apresentar uma proposta ultra rebaixada, como da campanha passada que não recompôs nem mesmo a inflação do período, e aceita caninamente pela burocracia sindical) .

Porém, todo mundo sabe que os banqueiros “choram de barriga cheia”. Segundo informações do Relatório de Economia Bancária de 2023 do Banco Central, os bancos no Brasil bateram novo recorde de lucro com de R$144,2 bilhões, ultrapassando os R$139 bilhões de 2022. E, tudo indica, que em 2024 não será diferente: no primeiro semestre de 2024 os quatro maiores bancos no País (Banco do Brasil, Itaú/Unibanco, Bradesco e Santander) registraram juntos um lucro líquido de R$53,9 bilhões. Este resultado indica uma alta média de 13% em comparação ao mesmo período de 2023. 

Os lucros dos banqueiros perto dos índices da campanha salarial dos bancários mostra que a pauta de reivindicações econômicas defendidas pelas direções sindicais e rejeitada pelos banqueiros é uma verdadeira esmola, comparada aos superlucros dos patrões.

Diante da crise que atinge a categoria bancária com demissão em massa, arrocho salarial, terceirização, assédio moral para o cumprimento de metas de venda de produtos, adoecimento, etc., é necessário derrotar os banqueiros e conquistar a reposição das perdas salariais (cerca de 30%), um verdadeiro aumento real dos salários que, tradicionalmente reivindicado pelos trabalhadores, sempre foi de 20% e um piso salarial que não poderia ser inferior a R$7 mil. 

Para isso, é necessário organizar uma verdadeira mobilização nacional unificada com comandos de base eleitos em assembleias.

É mais que evidente que uma questão central para os bancários é a unificação da categoria num amplo processo de mobilização, que se expresse num verdadeiro programa de luta da categoria, ou seja, a luta por um salário que corresponda às reais necessidades dos trabalhadores e, como forma de fortalecer essa luta, a categoria bancária deve somar esforços com as demais categorias (Correios, Petroleiros, Servidores Públicos) e fazer uma greve unificada, através da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com a organização de Comandos de base dessas categorias na tentativa de organizar uma greve unificada pelo atendimento das suas legítimas reivindicações.

 

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