Não é só no ensino fundamental e no ensino médio normal que os estudantes necessitam de ajuda com a alimentação. Nos Institutos Federais, CEFET´S e cursos de graduação ligados aos Institutos Federais de Educação, essa necessidade se faz presente. Os estudantes do ensino fundamental são os mesmos do técnico e a pobreza que vem de berço, continua na adolescência.
É dessa realidade que se impõe a necessidade de recursos financeiros para bancar a alimentação desses estudantes durante o ensino profissionalizante. Cerca de 85% dos estudantes vem de famílias cuja renda não ultrapassa 2 salários mínimos mensais, ou seja, não tem condição de manter a alimentação dos filhos na escola, ainda mais considerando os outros gastos fundamentais, tais como passagem de ônibus, alojamento, roupa, sapatos, etc..
Segundo cálculos de reitores dos IF(Institutos Federais) será necessário, apenas para 2025, o aporte de cerca de R$1,1 bilhão para garantir pelo menos uma refeição quente por dia por estudante. Sem considerar que segundo o governo Lula até 2027 cerca de 100 novos IF serão criados, tornando a necessidade de muito dinheiro para bancar essas novas unidades, dinheiro que não existe nem pras que já existem e que já funcionam a décadas.
O que esta por trás da falta de dinheiro para os IF’s, para os CEFET’s e para a educação de modo geral, esta na destinação do orçamento da União, a prioridade do orçamento não é cuidar do povo ou da educação, mas de pagar juros a banqueiros, o parasita que suga os recursos que o povo paga, na forma de impostos, e que deveriam ser usados para alavancar o desenvolvimento do País.
Cerca de 60% do orçamento é destinado a pagar os serviços da dívida, e com a taxa de juros a 10,75% ao ano. O resultado da política de juros altos é a falta de recursos para atender os interesses do povo. O enfrentamento dessa situação é o único caminho para que a educação, saúde, transporte, tenham recursos suficientes para bancar pelo menos o básico para os brasileiros pobres.