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Leste Europeu

Putin anuncia condições para acordo de paz com Ucrânia

O presidente da Rússia deixou claro quais são as suas exigências básicas para o fim da guerra após mais de 2 anos do confronto

Em uma declaração feita na sexta-feira (14), o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia está preparada para iniciar negociações com a Ucrânia sob condições específicas.

Durante uma reunião com diplomatas de alto escalão em Moscou, Putin anunciou a mais recente proposta concreta de paz da Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia. Ele enfatizou que, se a Ucrânia e os países imperialistas rejeitarem essa oferta, como fizeram no passado, eles que assumam a responsabilidade política e moral pela continuação da violência.

Putin destacou as condições para o plano de paz proposto, afirmando que as forças ucranianas devem se retirar totalmente das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, bem como das regiões de Zaporíjia e Kherson.

Ele especificou que a retirada deve cobrir todo o território dessas regiões dentro de suas fronteiras administrativas originais antes de se tornarem parte da Ucrânia. Assim que a Ucrânia concordar com esses termos e começar a retirar as tropas, além de renunciar formalmente aos planos de adesão à OTAN, a Rússia cessará imediatamente o fogo e iniciará as negociações.

As exigências de Putin não diferem do que ele havia colocado como os motivos da guerra no início de 2022. Agora houve referendos nessas quatro regiões e, portanto, elas devem aderir formalmente à Rússia. Mas elas sempre foram regiões de grande população russa dentro da Ucrânia, em muitos locais de maioria. Uma cidade que não foi incluída, mas poderia ter sido, é Odessa. A tradicional cidade russa no Mar Negro é fonte de debate, de modo que os mais radicais do governo Putin desejam libertá-la da Ucrânia.

Além disso, a Rússia insiste que a Ucrânia adote uma posição neutra, não alinhada e não nuclear como parte da resolução pacífica da guerra.

Nossa posição fundamental é a seguinte: uma posição neutro, não alinhado e não nuclear para a Ucrânia, juntamente com sua desmilitarização e desnazificação. Esses parâmetros foram amplamente acordados durante as negociações de Istambul em 2022“, afirmou ele.

Putin destacou que a Rússia está preparada para entrar em negociações com a Ucrânia o mais rápido possível, reconhecendo as complexidades envolvidas, “estamos prontos para nos sentar à mesa de negociações amanhã, plenamente cientes das circunstâncias jurídicas únicas. Apesar disso, existem autoridades legítimas, mesmo segundo a constituição deles, com as quais podemos negociar“.

A questão da OTAN também é central. Com a OTAN presente na Ucrânia, a ameaça continua. Ou ela assume a posição neutra, ou a guerra irá continuar. Isso já havia sido proposto nos primeiros meses da guerra e quase foi implementado. No entanto, o imperialismo ordenou que Zelesnki não aceitasse o acordo naquele momento.

No entanto, Putin observou que o mandato presidencial de Vladimir Zelenski terminou e sua legitimidade não pode ser restaurada por nenhum meio: “o mandato presidencial do chefe anteriormente eleito da Ucrânia expirou, junto com sua legitimidade, que não pode ser restabelecida por qualquer estratagema”.

A Verkhovna Rada (parlamento ucraniano) permanece a única autoridade legítima no país, segundo Putin, ao contrário do poder executivo da Ucrânia. Ele acrescentou que o cancelamento das eleições reflete a natureza do atual governo em Quieve, com suas tentativas de se agarrar ao poder sendo proibidas pela Constituição ucraniana.

Putin destacou que a situação com o cancelamento das eleições reflete a situação atual do governo de Quieve, “que tem raízes no golpe armado de 2014 e está entrelaçada com ele“, acrescentando que o cancelamento das eleições lança luz sobre como o governo continua a “se agarrar ao poder“, argumentando que essas ações são proibidas pelo Artigo 5 da Constituição ucraniana.

Ele também afirmou que há uma tentativa contínua de usurpar o poder na Ucrânia: “O atual capítulo trágico na história da Ucrânia começou com a tomada violenta do poder, o golpe inconstitucional de 2014. A fonte de poder do atual governo de Quieve é o golpe armado, e agora o círculo se fechou: o poder executivo na Ucrânia está mais uma vez, como em 2014, usurpado e mantido ilegalmente“.

Com informações da Al Mayadeen

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