Na última segunda-feira (3), a Polícia Militar de São Paulo anunciou o envio de 150 policiais para “reforçar a segurança pública” no Rio Grande do Sul. Os agentes utilizarão 50 viaturas, que também serão enviadas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Desde que se iniciou a catástrofe no Rio Grande do Sul, consequência da política neoliberal de Leite, o estado de São Paulo já enviou 400 policiais militares, civis e do corpo de bombeiros para o território gaúcho.
Quer dizer, no momento em que mais de 170 pessoas já morreram e que centenas de milhares estão sem um local para morar em decorrência das enchentes que atingem o estado; a burguesia se preocupa em reprimir ainda mais a população. Finalmente, a campanha que a imprensa burguesa está fazendo em torno do problema dos saques em lojas, casas e supermercados serve justamente para isso: criar uma justificativa para fortalecer ainda mais a polícia.
Mas ela não estaria ajudando a população? Um episódio recente é didático para responder a essa pergunta. No dia 29 de maio, policiais militares invadiram um abrigo em Porto Alegre e, além de espancarem um menino, bateram em mulheres e crianças.
É para isso que serve a PM que Tarcísio está enviando para o Rio Grande do Sul.
