Nem os sionistas estão acreditando tanto assim, a essa altura, no poder de Israel para enfrentar seus inimigos. O ataque iraniano e a impotência de Israel para dar uma resposta à altura, e igualmente a inação dos Estados Unidos, limitados por seus problemas internos, foram um golpe nas pretensões israelenses em se impor belicamente no cenário do Oriente Médio. Agora, até os seus porta-vozes mais ardorosos se enrolam para dar respostas inócuas ante o vexame de receber um ataque de grande monta e não poder responder.
Ainda restam as peças de propaganda. O tal do “domo de ferro”, que mais parece, segundo se diz, uma arma desenvolvida pelos Estados Unidos contra invasões alienígenas no estilo Independence Day, teria interceptado 99% dos disparos iranianos. Um especialista conceituado em estratégias militares, professor Ricardo Cabral, disse em seu canal, História Militar em Debate, que 85% de interceptação já seria um extremo sucesso, em qualquer ataque do tipo, pesados os armamentos iranianos e o sistema de defesa de Israel.
Não à toa, pipocam notícias, imagens e vídeos de uma base importante israelense, onde estariam postados aviões F-35, os mais avançados tecnologicamente do mundo. Não se vaza informações de quem morreu ou de quais os prejuízos materiais do ataque, já que o Irã atacou alvos militares, sendo mais fácil a retenção da informação. Inclusive, talvez ninguém tenha morrido mesmo, tendo restado imensos danos materiais. O Irã não atacou pessoas. Tivesse atingido uma cidade, não haveria como ocultar informações, mas isso quem faz é Israel.
E, em sendo assim, o próprio Heni Ozi Cukier, professor HOC, um dos ditos especialistas que servem à bandeira sionista, recuou. Ele, que quase é um irmão menor do chefão André Lajst, disse ao podcast Inteligência LTDA, de Rogério Villela, que o Irã foi, sim, bem-sucedido em seu ataque. Enfatizou o poder militar do Irã e a ameaça que apresenta. Repetiu a propaganda dos 99%, enfatizando o sucesso político. A ver, mas, nesse momento, a mídia em torno de Israel já não está suportando a defesa desta guerra.