Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, anunciou, na última segunda-feira (5), um financiamento de 500 milhões de reais para pesquisa de carros elétricos e híbridos para a multinacional alemã Volkswagen.
Na sexta-feira passada (2), o presidente Lula visitou a sede da montadora alemã, localizada em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo. A Volkswagen anunciou naquele evento o aumento dos investimentos da multinacional no Brasil de nove bilhões de reais até 2028.
As iniciativas fazem parte do programa Nova Indústria Brasil, que pretende estimular a indústria nacional com subsídios, financiamentos com juros reduzidos e investimentos federais. Para Mercadante, esse seria o caminho “para o desenvolvimento de uma indústria mais verde e inovadora que queremos alcançar com o Plano Mais Produção e é uma agenda prioritária para o governo do Presidente Lula”.
O “Plano Mais Produção” pretende induzir a indústria “nacional”, segundo o presidente do BNDES, a “desenvolver novas tecnologias que contribuam para a descarbonização e a redução da emissão de poluentes de CO₂ da frota nacional, alinhados à sustentabilidade, à eficiência e à transição energética para os próximos anos”.
Parte do “Nova Indústria Brasil”, o “Plano Mais Produção” pretende estimular o desenvolvimento de pesquisas para a concepção de uma plataforma para veículos híbridos flex, que funcionam com gasolina, etanol e energia elétrica; desenvolver o estudo do impacto ambiental das emissões de CO₂ pelos veículos movidos a etanol; e ainda promover a capacitação de pessoal envolvido em tecnologias de testes e de simulações computacionais.
O mote da ecologia e do “desenvolvimento sustentável” é o “ouro de tolo” daqueles que não percebem “as boas intenções” do imperialismo no Brasil: lucrar ao máximo e enviar aos seus acionistas estrangeiros, todos os anos, bilhões de dólares e euros, praticamente livres de impostos.
O controle da economia brasileira através dos monopólios dos países imperialistas impede o desenvolvimento de uma indústria genuinamente brasileira. Ele sufoca a economia nacional, destinando todos os anos lucros imensos das indústrias no Brasil para as suas sedes na Europa, Japão e Estados Unidos, deixando aos brasileiros migalhas de empregos mal remunerados e uma sociedade pobre.
Finalmente, o Brasil é desde sempre barrado pelo imperialismo de desenvolver uma indústria automobilística verdadeiramente nacional, com o caso mais emblemático sendo o da Gurgel, levada à falência por ação de Ciro Gomes (PDT). O caso desta pioneira fábrica de automóveis brasileira esclarece como uma iniciativa tão correta e promissora foi sabotada e destruída completamente no Brasil.
O imperialismo é o capitalismo parasitário, putrefato e estagnado