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Universidade Marxista

O imperialismo é o capitalismo parasitário, putrefato e estagnado

Rui Pimenta ensina que, dado o parasitismo e estagnação que caracteriza o imperialismo, a única forma de o Brasil se desenvolver é se livrando dessa dominação

Nessa sexta-feira (2), foi feita a quarta aula do curso Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo – Conceitos Fundamentais.

Esta aula foi iniciada com a recapitulação do tema da exposição anterior, isto é, o papel dos bancos na época do imperialismo e o fato de que, nesta época, o tipo de capital que existe e domina a economia mundial é o capital financeiro, que, por sua vez, é uma fusão do capital bancário e industrial.

Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), então anunciou que esta quarta aula seria dedicada a expor mais duas características fundamentais do imperialismo. Neste sentido, reiterou que o objetivo do curso é compor um conjunto de características do imperialismo, pois a compreensão correta deste fenômeno, tanto parar fins teóricos, quanto para fins de uma atuação revolucionária, envolve saber que o imperialismo é o conjunto dessas características. Não é apenas uma delas.

Uma vez que este ponto fundamental foi reiterado, Rui Pimenta iniciou a explicação sobre a terceira característica do imperialismo, qual seja, a de que ele exercer um controle absoluto sobre toda a economia (mercado) mundial.

Para tornar clara esta afirmação, fez um breve panorama histórico a respeito do desenvolvimento do capitalismo, explicando que o modo de produção capitalista, quando estava se desenvolvendo, foi um fator de progresso para a humanidade. Nesse sentido, deu como exemplo a época das Grandes Navegações e da conquista das Américas, da Ásia e da África pelo capitalismo europeu, explicando que isto foi fundamental para a criação de um mercado mundial, e que esta unificação da economia mundial, por sua vez, foi um tremendo fator de progresso. Para reforçar este ponto, disse que não é possível que a sociedade chegue ao socialismo sem passar por esse desenvolvimento.

Contudo, após grande acumulação capitalista e o surgimento dos monopólios e do capital financeiro, este passa a dominar todos os mercados nesses territórios conquistados. E então ocorre a divisão territorial do mundo entre os monopólios imperialistas. Segundo Rui Pimenta explica, o mundo se torna propriedade dos países imperialistas, sendo esta uma característica fundamental do imperialismo.

O palestrante, então, reforça novamente algo fundamental: não basta que um país tenha monopólios capitalistas ou que exporte capital para ser imperialista. É preciso haver o controle dos mercados. É preciso que esse país participe da divisão do mundo. Esse controle do território mundial é uma característica fundamental na definição do imperialismo.

E este controle foi consolidado ao final do século XIX com a corrida dos principais países capitalistas desenvolvidos a uma conquista generalizada das colônias. Com isto, explica Rui Pimenta, a conquista do globo terminou, no sentido de não haver mais territórios livres a serem conquistados.

Então, o dirigente do PCO explicar que não é possível estabelecer uma redivisão de forma pacífica, reformista, citando como exemplo as duas guerras mundiais e as inúmeras guerras que ocorrem simultaneamente nos dias de hoje (a exemplo da guerra na Ucrânia e na Palestina).

Assim, algo fundamental a se entender, conforme explicado na exposição, é que, antes dessa divisão, não existia imperialismo. E, uma vez que o mundo foi dividido, é o imperialismo de conjunto que controla o mundo. Qualquer país que tentar escapar a esse controle só consegue fazer de forma relativa e tende a ficar isolado. De forma que não é possível ocorrer uma revolução socialista em apenas um país. Assim, Rui Pimenta demonstra a validade da Teoria da Revolução Permanente, elaborada por Leon Trótski, e que já havia sido validada na prática pela Revolução de Outubro.

Sobre essa questão da revolução, o palestrante explicou que o bloco imperialista, dado seu atual nível de decadência, é extremamente frágil, de forma que se uma revolução socialista ocorrer em um dos principais países imperialistas (por exemplo, a França), muito provavelmente esse movimento revolucionário se espalharia por todos os países do bloco imperialista. Em outras palavras, teria consequências fatais para o imperialismo.

Além disto, Rui Pimenta explicou a questão das colônias no capitalismo em sua fase imperialista. Para o imperialismo, a colônia tradicional é uma forma ideal de dominação, por dar aos países imperialistas uma amplíssima margem de atuação, podendo impor sua moeda, controlar a política aduaneira etc. Neste sentido, é um erro falar que a forma colonial teria ficado para trás, do ponto de vista econômica. O que acontece é que as imensas revoltas populares anticoloniais tornaram inviável a manutenção das colônias.

Contudo, ainda continua sendo algo fundamental ao imperialismo ter colônias. Afinal, segundo explicou Rui Pimenta, o imperialismo precisa manter o controle sobre as fontes de matérias-primas (por exemplo, lítio, petróleo, terras raras, urânio etc.). Mas, como faltam condições aos países imperialistas manter a forma tradicional das coloniais, eles buscam aprofundar o controle semicolonial sobre os países oprimidos. E essa tendência intervencionista vem se acirrando; o que, por sua vez, intensifica a crise geral mundial, pois aumenta as contradições entre os países oprimidos e o imperialismo.

Ao responder a questões do auditório, Rui Costa Pimenta explica que não existe imperialismo sem Estado imperialista, pois são essas entidades políticas que possuem os exércitos, a força material necessária para que os monopólios imperialistas imponham sua ditadura econômica sobre os países atrasados.

Por fim, na última parte da aula, o dirigente do PCO define o imperialismo como sendo o capitalismo em seu estado de parasitismo, putrefação e estagnação, que são as características fundamentais da decadência capitalistas. Conforme dito pelo palestrante, esta é justamente a definição dada por Vladimir Lênin.

Rui então finaliza a aula constatando que essa decadência, esse parasitismo, só pode ser sustentado através de um sistema de violência extraordinário. E com isto aponta que o fascismo é a verdadeira face do imperialismo.

Assim, dado o parasitismo e estagnação que caracteriza o imperialismo, conclui que a única forma de o Brasil se desenvolver é se livrando desse vampiro, desse parasita que está grudado sugando a riqueza produzida pelo povo brasileiro.

O imperialismo é a causa do atraso do País. E ele quem impede nosso desenvolvimento.

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