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HISTÓRIA DA PALESTINA

Massacre da Mesquita de Ibrahim: 29 assassinatos por um ‘colono’

Em 25 de fevereiro de 1994, o sionista Baruch Goldstein, armado com um rifle de assalto, assassinou 29 palestinos enquanto rezavam.

Uma das maiores vitórias que o Hamas e demais organizações armadas da resistência palestinas vêm conquistando desde a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, desatada no dia 7 de outubro, tem sido mostrar a todo o mundo que o Estado de “Israel” genocida. Uma das monstruosidades do sionismo, que agora pode ser vista pelos trabalhadores de todo o mundo, são os ataques que os colonos israelenses cometem diariamente contra os palestinos na Cisjordânia, roubando suas casas, agredindo-os e, frequentemente, assassinando-os.

Esses colonos não são nada além de milicianos fascistas do sionismo, e sua violência contra os palestinos praticada desde os primórdios da ocupação sionista. Assim, vale ressaltar um dos eventos mais revoltantes da violência fascista dos colonos, o Massacre da Mesquita de Ibrahim.

A conjuntura política à época era a da assinatura dos Acordos de Oslo, o primeiro assinado em 1993, e o segundo em 1995. Uma capitulação da principal liderança palestina à época, a OLP, os acordos também foram uma oportunidade para o fascista Isaque Rabin mostrar-se como moderado.

O massacre ocorreu no ano de 1994, no dia 25 de fevereiro. Naquele ano, o feriado muçulmano do Ramadã e o feriado judeu de Purim acabaram coincidindo na mesma data.

Quem perpetrou o assassinato de inúmeros palestinos foi Baruch Goldstein, um colono sionista residente no assentamento ilegal de Kiryat Arba, próximo à cidade de Hebron, na Cisjordânia.

Um breve adendo a respeito de Goldstein. Nascido nos EUA em 1956, imigrou para “Israel” apenas em 1983. Enquanto ainda estava no continente norte-americano, residindo na cidade de Nova Iorque, no Brooklyn, fez parte da organização fascista sionista Liga de Defesa Judaica (JDL), fundada por Meir Kahane, um sionista membro do Betar, organização fascista criada por Vladimir Jabotinski:

Betar, a milícia fascista que elegeu 3 premiês israelenses

Já em “Israel”, Goldstein serviu nas Forças de “Defesa”. Tendo em vista que fazia parte do JDL, juntou-se ao partido fascista Kach, do revisionismo sionista, partido este também fundado por Kahane, e liderado por ele. De forma que era uma pessoa que não admitia nenhum tipo de compromisso com palestinos. Nesse sentido, vale ressaltar que Goldstein, que era médico, recusava-se a atender árabes.

Pois bem, conforme exposto, o massacre ocorreu no dia 25 de fevereiro de 1994. Em comemoração do Ramadã, cerca de 800 muçulmanos palestinos estavam na Mesquita de Ibrahim, no Santuário de Abraão ou Caverna dos Patriarcas, localizada na Cidade Velha de Hebron, Cisjordânia. Na data, o local estava servindo temporariamente como mesquita. 

Goldstein adentrou o Santuário vestindo um uniforme do exército israelense, com as devidas identificações, o que deu a impressão de que se travava de um oficial da reserva a serviço. Armado com um rifle de assalto, abriu fogo contra a multidão de palestinos que rezavam. Ao todo, o fascista conseguiu assassinar 29 pessoas, muitas das quais crianças. O número de feridos, por sua vez, foi mais que o quádruplo: 125.

Naturalmente, os palestinos, que sempre resistiram durante décadas e décadas à ditadura fascista de todo o Estado sionista, reagiram à altura, linchando o fascista, colocando em marcha protestos massivos por toda a Cisjordânia. “Israel”, mostrando sua natureza de Estado fascista, reprimiu os protestos, assassinando cerca de 26 palestinos, e ferindo 120.

O então primeiro-ministro israelense, Isaque Rabin, deu declarações condenando o ataque perpetrado por Goldstein, chamando-o de “assassino degenerado”, dizendo que o colono era uma “vergonha para o sionismo”. Pura hipocrisia e cinismo, afinal, quando jovem, Rabin fez parte dos quadros da Haganá, principal milícia fascista do sionismo. Não bastando, durante a Nakba foi comandante de sua tropa de elite, a Palmach, a qual esteve à frente de inúmeros massacres. Releia sobre a Haganá, em matéria já publicada neste Diário:

A principal milícia fascista do sionismo

Assim, este acontecimento, o Massacre da Mesquita de Ibrahim, serve para expor que os tais “colonos” israelenses nada mais são do que milícias fascistas do sionismo, sendo um eufemismo chamá-los de “colonos”. Precisam ser denunciados pelo que realmente são. 

 

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