A plataforma YouTube removeu, nessa quinta-feira (4), o canal de Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. “Todos os criadores do YouTube precisam seguir nossas Diretrizes de Comunidade e, quando aplicável, nossas Políticas de Monetização. Após cuidadosa análise dos referidos canais, verificamos violações a nossas políticas e por isso os canais foram removidos”, informou em nota a plataforma.
O próprio Monark anunciou a remoção das contas em seu perfil no X (antigo Twitter): “o YouTube acaba de deletar todos meus canais permanentes, não bastava banir do Brasil, querem apagar minha existência”.
“Meus canais foram todos deletados, não foram nem banidos, foram deletados. E sem nenhuma justificativa! Eles falaram que eu rompi as diretrizes, mas não rompi diretriz nenhuma, estava fazendo meu trabalho normal, nem teve polêmica nem nada”, afirmou Monark à redação do Diário Causa Operária (DCO).
O apresentador cogita que essa censura pode ter sido obra de um “lobby poderoso no YouTube de pessoas que não gostam de mim para me retirar do contexto”. “Pode ter sido pressão do governo, ou de outra organização”, afirmou. Ele deixou claro que “querem apagar a minha existência, querem me destruir, e não vão parar nunca, aparentemente”.
Em relação aos danos que a medida representou para seus canais, Monark afirmou ao DCO que foram mais de quatro milhões de inscritos, bilhões de visualizações e milhares de vídeos perdidos.
“Eles apagaram a história. Eu fui um dos primeiros criadores de jogos do Brasil, fui o primeiro a fazer sucesso com Minecraft. Então existem vídeos históricos meus da época de Minecraft que foram deletados, inclusive, a própria comunidade de Minecraft está sentindo a perda. Eu fui um criador muito importante para a construção do YouTube, então é uma pena, eles estão apagando a própria história”, disse.
Monark sofre uma censura digna de uma ditadura totalitária desde seu primeiro incidente no Flow Podcast, quando defendeu que a liberdade de organização, um direito democrático básico, deveria ser válida para todos os partidos, até mesmos aqueles que se declaram nazistas. O caso de Monark foi um marco na atual onda de caça às bruxas.
Posteriormente, Bruno Aiub foi alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por tecer críticas ao sistema eleitoral e ao juiz Alexandre de Moraes, sendo processado com multa de 300.000 reais, além de ser enquadrado como divulgador de desinformação. Em fevereiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou as plataformas a removerem seu canal principal.
O clima de repressão é notável no Brasil, não só pelas atrocidades jurídicas cometidas contra Monark. O Partido da Causa Operária (PCO) vem alertando sobre a ameaça da censura desde o Inquérito das “Fake News“, em que o próprio Partido foi censurado por cerca de nove meses por defender a sua política de fim do STF. O clima repressivo desde então aumentou drasticamente e, como esperado, está afetando a esquerda nacional.
Na sexta-feira (22), o YouTube retirou do ar o canal Tribuna Operária, vinculado ao partido PCPB (Partido Comunista do Povo Brasileiro). Segundo a plataforma, o canal estaria cometendo crimes como “spam, golpes ou conteúdo comercialmente enganoso que não são permitidos”.
O jornalista do Opera Mundi, Breno Altman, é outra vítima. Sua militância em prol da Palestina resultou em hostilidade dos sionistas, que começaram o ameaçando de morte em atualmente, na figura da Confederação Israelita do Brasil (Conib), quer implantar uma censura draconiana em seus conteúdos. Segundo Altman, a censura vem direito de Telavive em “Israel”.
“A Conib sequer se preocupa em esconder que é uma agência do Estado de Israel em território brasileiro. A notificação que recebi, sobre o processo cível de censura às minhas postagens, veio de um número de celular israelense! Não é muita cara de pau da escória sionista?”, afirmou o jornalista em sua conta na rede social X.
Com apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), a burguesia quer impor o PL das “Fake News“, que fortalecerá o monopólio dos grandes veículos de informação, minando a concorrência de jornalistas independentes e outros veículos jornalísticos de terceiros. A situação brasileira se encaminha a uma ditadura total no que diz respeito à liberdade de expressão.
É urgente uma campanha em defesa dos direitos democráticos, cujo direito mais fundamental é a liberdade de expressão, tão atacada pelos beatos da esquerda pequeno-burguesa.
Os trabalhadores só têm a perder com a censura, os elementos mais avançados do movimento operário são o alvo principal da política ditatorial do Estado. A liberdade de expressão irrestrita precisa ser defendida a todo custo.