Daniel Raz, comissário nacional de internações involuntárias, cerca de dez israelenses, supostos sobreviventes da rave no dia 7 de outubro, foram confinados à força a hospitais psiquiátricos pelo governo de Israel. “Em alguns casos, não houve escolha”, disse Raz. “Os participantes do festival se encontravam em estados mentais críticos devido às experiências tortuosas e perdas de entes queridos”.
No entanto, de acordo com um relatório recente do Comitê de Saúde do Knesset, o sistema de saúde mental de Israel já se encontrava num estado de sobrecarga mesmo bem antes da guerra, o que piorou imensamente com a eclosão do conflito. O documento relata “orçamento insuficiente, carência de equipes treinadas, esperas longas e infraestrutura precária nos hospitais psiquiátricos”, além de afirmar que não pode estimar quantas pessoas mais requisitarão o serviço. As quatro principais organizações de gerenciamento de saúde de Israel, a saber: Clalit, Maccabi, Meuhedet e Leumit, receberam, respectivamente, 1.260, 450, 1.200 e 2.926 pedidos de sessões de terapia gratuitas, números bem acima comparados aos tempos de paz. Para se ter ideia, no último mês, houve um aumento na média de pedidos de assistência de 1.200 para 15.000. “Já houve um aumento significativo na demanda por serviços de saúde e assistência mental”, disse Moshe Bar Siman, o Diretor-Geral do Ministério da Saúde, “e antecipamos um aumento ainda maior”.
Além do fato de que foram feitas internações compulsórias num sistema já sobrecarregado e precário, chama atenção o fato de que não há informações mais detalhadas sobre os pacientes em questão. Novas evidências provam que o massacre do dia 7 de outubro foi executado pelo próprio Estado de Israel, algo que levanta a possibilidade de que esse pequeno grupo de supostos pacientes mentais seja, na verdade, um grupo de testemunhas sendo confinadas e impedidas de divulgar informações que exponham a mentirosa propaganda sionista.
No mundo todo, durante toda a história, principalmente na história recente do Oriente Médio, houve momentos de brutalidade do tipo, porém nunca houve a necessidade de tantas internações, que seriam de situações graves a ponto de serem compulsórias, em outros eventos análogos quanto está havendo agora. Uma tática antiga de governos autoritários era a internação de opositores políticos (ou qualquer um que ameaçasse a imagem do governo) em manicômios, sendo inclusive uma prática da ditadura militar brasileira de 64. Um número tão anormal para um evento do tipo indica que o governo israelense está usando a mesma tática.
Enquanto isso, o Estado de Israel é vendido pela imprensa sionista/imperialista como um exemplo de democracia, muitas vezes sendo colocada como a “única democracia do Oriente Médio” em oposição aos “bárbaros árabes muçulmanos”.