Israel é um Estado terrorista que há 75 anos vem expulsando os palestinos de suas terras ou mantendo-os em uma prisão a céu aberto, que é a Faixa de Gaza. O projeto de colonização feita pelos israelitas existe, não pressupõe sequer a alternativa de “Dois Estados”, que parte da esquerda acredita ser a mais viável. O projeto é de limpeza étnica, conforme demonstrado na nova escalada de violência de Israel contra os palestinos, desde o dia 7 de outubro.
O que é Estado terrorista?
O terrorismo é um termo banalizado pelo imperialismo e seus títeres para estancar qualquer ato de revolta. O terror é um ato de agressão, de imposição de medo a partir da violência, porém está sendo utilizado para tudo.
O terror é um ou uma sequência limitada de atos, mas o terrorismo é o uso sistemático e prolongado do terror. Nesse caso, o Hamas não pode ser considerado terrorista, pois não faz uso sistemático do terror. Sobre os atos do dia 7 de outubro, o Hamas apenas contra-atacou Israel.
A imprensa internacional não tinha publicado nada sobre a escalada de violência de Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, que motivou o contra-ataque, apenas publicava sobre o fechamento do regime de Netanyahu.
Somente um governo, portanto, pode estabelecer um regime de violência que seja permanente e sistemático. Grupos políticos, mesmo que eventualmente tenham interesse de fazer uso de métodos de terror, não conseguem fazê-lo sistematicamente, que é o que define o terrorismo.
Sendo assim, pode-se afirmar que Israel é um Estado terrorista, pois faz uso do terrorismo como método há 76 anos contra os palestinos. Basta ver o mapa. A regiões em amarelo são as terras palestinas hoje.
O mapa expõe o verdadeiro terrorismo.
Romper relações diplomáticas
Diante de todo o terrorismo de Estado de Israel, a esquerda deve exigir o rompimento de relações diplomáticas daquele país.
As normas atuais de legação e representações diplomáticas encontra-se na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, enquanto o referente ao agente consular encontra-se na Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963, ambas ratificadas pelo Brasil.
De acordo com a Convenção de Viena, o Estado que recebe uma missão diplomática é o Estado acreditado, deve acreditar o representante por meio do agrément, uma manifestação unilateral de que aceita o indivíduo como representante do Estado acreditante (que envia o representante). O ato de soberania não exige exposição dos motivos da recusa de do Estado acreditante.
Basta, portanto, que o Estado acreditado, no caso o Brasil, notificar o acreditante Israel na decisão de romper com Israel. Bastaria o Brasil evocar a Convenção de Viena, pois o rompimento de relações diplomáticas ou consulares não afeta as relações jurídicas, salvo em raros casos que haja necessidade de representantes para determinadas questões. Portanto, a única consequência prática é no campo político.
A direita brasileira e o imperialismo cairiam em cima do Brasil, por outro lado, a questão pode unir a esquerda em torno da excelente jogada do País para tentar cessar a sangria, atraindo a militância e estimulando outros países a fazer o mesmo. Deste modo, o Brasil, aí sim, demonstraria que é um Estado em busca da paz, não com retóricas vazias, sem nenhum significado histórico perante a crise naquela região.
Se o Brasil não apoia o terrorismo, deve romper relações diplomáticas com Israel, que de fato pratica o terrorismo para expandir a colonização na região, tentando esmagar inclusive a Síria e o Líbano. Não vão parar de avançar se não forem parados com medidas concretas. Os países que exportam energia para Israel deveriam parar de fornecê-la, assim como todos os recursos estratégicos.
A verdade é revolucionária, e a luta internacional pelo fim do Estado de Israel deve ser levada às últimas consequência. Sim, o lobby sionista é poderosíssimo, mas a campanha internacional contra o sionismo deve visar uma estratégia sólida, considerando também as próximas gerações. Não será um trabalho fácil, mas é necessário, pois estamos assistindo diariamente um verdadeiro holocausto contra Gaza.
Por fim, ratifica-se aqui que na questão palestino-israelense, o único terrorismo existente é de Israel, sustentado pelo imperialismo, portanto, conta com recursos para a limpeza étnica. Deste modo, se Israel é o imperialismo no Oriente Médio, e se o imperialismo é tirano, logo, Israel é o terrorista.