Com a recente Operação Tempestade de Al-Aqsa, liderada pelo Hamas, grupo político com a maior representação popular entre os palestinos, a imprensa burguesa vem realizando um amplo trabalho de propagandas pró-sionismo, além de um trabalho de ocultar o caráter anti-popular de Israel ao redor do mundo. Desde que se iniciou a crise em Israel – diga-se de passagem – a maior desde sua criação criminosa, em 1948, os povos árabes do mundo inteiro tem se manifestado contra o sionismo e denunciando o genocídio cometido pelo governo fascista israelense.
Em Bagdá, no Iraque, na capital paquistanesa, Islamabad, Amã, Jordânia ,Sana, no Iêmen e no Egito, houveram gigantescas mobilizações com proporções revolucionárias. Centenas de milhares de árabes protestaram contra o genocídio israelense.
Os atores não se restringem apenas ao Oriente Médio e ao povo árabe. Pelo contrário, a Europa está sendo palco de atos gigantescos em defesa dos palestinos. A crise é tão profunda que países como França, Alemanha e Itália, para conter a mobilização, reprimiu brutalmente utilizando o aparato policial para dispersar as pessoas. Em Berlim, 40 pessoas foram presas em meio às 2.000 pessoas que participaram da manifestação anti-sionismo, cerca de 450 policiais foram utilizados pelo estado “democrático” alemão,o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz declarou “tolerância zero com o antisemitismo”. Na França foi decretado por Emmanuel Macron como manifestação de terrorismo o apoio aos palestinos, cinicamente com a mesma alegação alemã, “temor ao antisemitismo” – o que escancara o truque identitário que serve para ocultar o essencial, neste caso, um verdadeiro genocídio. A população judaica não sionista também expressa apoio aos palestinos e explicam a diferença crucial entre sionismo e judaísmo, sendo judaísmo uma religião e o sionismo uma “heresia”, uma ideologia racista e política que prega a pureza étnica e, na prática, extermina palestinos e até judeus.
Em Londres, diversos civis foram presos pela polícia britânica por ousarem manifestar apoio aos palestinos. Os crescentes protestos, não se resumem a estes países, também estão presentes em Washington e Time Square nos Estados Unidos, no Canadá e a tendência é aumentar exponencialmente em paralelo com o verdadeiro banho de sangue promovido pelo primeiro-ministro israelense, Netanyahu.
Judeus ao redor do mundo também estão se manifestando contra o estado criminoso de Israel com a seguinte palavra de ordem: “judaísmo não é sionismo”.
Dentro de Israel os rabinos que se manifestam contra o sionismo nas escolas estão sendo presos em uma política extremamente hostil e fascista, deixando claro que não existe nenhuma democracia no protetorado dos Estados Unidos na região.
A crise iniciada com os combatentes do Hamas se espalha rapidamente pelo Oriente Médio e revela sua característica revolucionária. Como demonstram os árabes, Israel pode massacrar os civis na Faixa de Gaza e Cisjordânia, mas não encontraram um povo sem resistência. Contrariamente à máquina de propaganda imperialista, começa o início do fim do Estado de Israel. O povo árabe está 1000% com o Hamas.