A criminosa Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está sempre por trás das crises regionais, estimulando conflitos em prol de seus aliados. Albânia e Sérvia, envolvidas no conflito com o Kosovo, aproveitam essa ingerência imperialista para exigir dessa organização intervenção na área em disputa. A OTAN já ocupa o Kosovo com cerca de 5 mil soldados desde 1999, quando estourou a guerra. Albaneses e servos disputam a hegemonia da região. Em 2008, Kosovo declarou sua independência, mas não fora reconhecida pela Sérvia, Rússia e muitos países da ONU.
Nessa quinta-feira, 28, o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, junto com Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia, solicitou da OTAN (KFOR) policiamento para a região no norte de Kosovo, para proteger os sérvios que vivem no local e estão em conflito com a polícia.
Segundo Edi Rama, em nota à imprensa, “A KFOR deve assumir o controlo do norte do Kosovo. É uma proposta que já fiz antes. Até algumas vozes pediram isso do lado sérvio”.
Por sua vez, Vucic, na cidade de Belgrado, também emitiu seu apelo pelo Instagram, aproveitando para desautorizar o primeiro-ministro Albin Kurti na resolução do conflito:
“Reiterei a opinião da Sérvia sobre os últimos acontecimentos no Kosovo e Metohija e solicitei que a KFOR cuidasse de todas as questões de segurança no norte do Kosovo, em vez da polícia de Kurti”.
Estas declarações apelando a ingerência imperialista da OTAN aconteceram após um policial de Kurti e três sérvios, no domingo (24), serem mortos a tiros no vilarejo de Banjska. O tiroteio que levou a essas mortes, segundo Vucic, fora provocado pelas forças de Kurti, que acusam os sérvios como iniciadores dos ataques.
A animosidade da Sérvia com a OTAN é de longa data, mas Vucic considera a OTAN mais estratégica para os sérvios do norte do Kosovo do que estabelecer uma relação com a polícia de Kurti.
O conflito em Kosovo não deve ter ingerência alguma da OTAN, pois ela não irá resolver esse conflito, como não está resolvendo há mais de duas décadas presente nos Balcãs.
É nítido que há uma provocação criada para justificar a intervenção da OTAN.