Na esteira do conflito que eclodiu no dia 26 maio, no norte do Kosovo, entre sérvios e soldados da OTAN, em razão da eleição de prefeitos da etnia albanesa, Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, enviou uma mensagem aos líderes do Kosovo alertando para uma possível escalada do conflito na Sérvia com o envio de novas tropas da OTAN ao país.
Até o momento, a OTAN já enviou 700 reforços para o Kosovo. O exército do imperialismo já possui 4.000 soldados lá, sendo que 30 deles, junto com 50 manifestantes sérvios, ficaram feridos nos confrontos.
O Kosovo é um Estado artificial criado pelo imperialismo em meio ao processo de esfacelamento da Iugoslavia, para ser um enclave da região. Sua “independência” foi declarada em 2008, contudo a região é um palco de crise permanente entre sérvios e albaneses, conflito étnico que foi manipulado pelos Estados Unidos e pela Europa Ocidental para facilitar a desagregação da antiga Iugoslávia.
O feitiço, agora, vira-se contra o feiticeiro, e a escalada no conflito é mais um problema a ser resolvido pelo imperialismo, cuja dominação mundial já se encontra profundamente fragilizada. E a tendência é que, mesmo que a situação seja controlada, será um controle momentâneo, de forma que qualquer fagulha poderá incendiar nova a pradaria.