Após os recentes golpe de Estado no Gabão e no Níger, o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo decidiu mudar a sua própria guarda pessoal. Embalo nomeou dois novos responsáveis pela segurança presidencial, que assumiram na segunda-feira (4). As mudanças foram formalizadas em uma cerimônia no palácio presidencial.
Os generais Tomas Djassi e Horta Inta foram nomeados sexta-feira, respectivamente, chefe da segurança presidencial e chefe de gabinete do presidente da República. Esses dois cargos, previstos no organograma oficial, não eram preenchidos havia várias décadas.
A Guiné-Bissau faz fronteira com a Guiné, um dos países que se rebelaram recentemente contra a dominação Francesa. O país também fica próximo ao Mali, onde houve um golpe militar em 2021.

“É verdade que os golpes de Estado levados a cabo por agentes de segurança presidenciais tornaram-se moda”, disse o presidente aos jornalistas na segunda-feira. “Para falar a sério, garanto-vos que não haverá nem 2 de fevereiro nem 3 de fevereiro. Qualquer movimento suspeito terá uma resposta adequada”, acrescentou, em referência à tentativa de golpe de Estado de que diz ter sido vítima.
Guiné-Bissau não é o primeiro país a demonstrar preocupação após o golpe no Gabão. Camarões, Ruanda e Uganda realizaram expurgos em suas forças armadas temendo que os militares assumissem o poder.