Nessa quinta-feira (03), na cidade de Santarém, no Pará, um fazendeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) por dizer que “daria um tiro na barriga” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A acusação é, por si só, absurda, pois o fazendeiro, identificado como Arilson Strapasson, foi preso por algo que ele falou, e não algo que ele fez. A coisa fica pior quando levamos em consideração que ele fez tal comentário enquanto fazia compras em uma distribuidora de bebidas. Arilson foi, então, denunciado por uma testemunha e localizado pelos agentes da PF.
Trata-se de um grave ataque à liberdade de expressão. Decerto que sua colocação foi extremamente direitista, mas isso é algo que deve ser combatido politicamente, e não por meio da polícia que, por definição, serve para atacar os direitos dos trabalhadores.
O direito à liberdade de expressão foi completamente destroçado pela burguesia no Brasil, principalmente pelo judiciário e por seu principal representante, o Supremo Tribunal Federal (STF). Finalmente, o artigo 5° da Constituição Federal já não vale segundo a interpretação dos fascistas de toga do Supremo.