O diplomata Wang Yi foi nomeado pela China como novo Ministro das Relações Exteriores na última terça-feira (25), cargo que já ocupou por uma década. Veterano da diplomacia chinesa, ele assume no lugar que Qin Gang, demitido após sete meses na função. A informação é da agência de notícias estatal Xinhua, que não explicou os motivos da ausência do antigo ministro em reuniões desde junho. O novo nomeado foi quem cumpriu as agendas do ministério neste período.
A troca também acontece menos de 10 dias depois de um submarino nuclear dos EUA aportar nas proximidades do território da Coreia do Norte. A situação aumentou a tensão na península.
A chegada de Wang Wi teve apoio da grande imprensa mundial, que acredita que com ele à frente da pasta é sinal de que a política externa deve permanecer a mesma. Expectativas à parte, o novo ministro pediu esforços para o desenvolvimento futuro dos países dos BRICS, na 3ª Reunião de Conselheiros de Segurança Nacional e Altos Representantes de Segurança Nacional do bloco, em Joanesburgo, África do Sul, que aconteceu ainda na terça-feira, conforme informou a imprensa estatal.
Conhecido pelo perfil de “negociador difícil” e com grande experiência diplomática, Wang Yi aproveitou o evento para cutucar os EUA ao pedir respeito mútuo para lidar com os riscos de segurança que o mundo enfrenta atualmente. Ele lembrou ainda dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas (ONU), o respeito às preocupações legítimas de segurança de cada um e “o respeito aos direitos de todos os países de escolherem seus sistemas políticos e caminhos de desenvolvimento”.
A declaração, ainda que tímida, faz clara alusão aos eventos de tensão entre Rússia e Ucrânia, mas sobretudo, ao avanço norte-americano na região do Indo-Pacífico.
