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Grupo guerrilheiro

Farc completam 59 anos em meio a tensões na Colômbia

Após o acordo de paz, as FARC se tornou um partido e depois trocou de nome para Comunes para se distanciar dos membros que ainda se mantiveram na luta armada

Dissidentes das antigas FARC comemoraram os 59 anos da fundação das FARC na Venezuela. Após o acordo de paz, as FARC se tornou um partido e depois trocou de nome para Comunes para se distanciar dos membros que ainda se mantiveram na luta armada devido a manutenção da violência no campo e assassinatos pela direita e burguesia contra o campesinato e antigos membros das FARC.

Uma breve História das FARC

A Colômbia passou por tempos conturbados entre 1940 a 1960, assim como o restante do mundo na segunda guerra mundial. Diante do quadro desestabilizador, foi instalado o governo militar do General Rojas Pinilla (1953-1957), com o objetivo reprimir os movimentos sociais e “pacificar” o país. Em 1964, Marquetalia representava o foco principal de resistência, sendo o seio do Partido Comunista Colombiano (PCC), e tinha como aliados os movimentos agrários de Marquetalia e Riochiquito. Em maio do mesmo ano, o Exército colombiano iniciou os ataques a esta região, patrocinados pelos Estados Unidos através do plano Latin American Security Operation (Plano Laso). O principal objetivo foi eliminar as denominadas regiões de autodefesas.

Militares ligados ao Pentágono dos EUA atacaram um pequeno território localizado no corregimiento de Gaitania, município de Planadas, departamento de Tolima. A ofensiva americana ocorreu naquela população conhecida como Marquetalia. Por isso, Manuel Marulanda Vélez e Jacobo Arenas pegaram em armas e fundaram o grupo guerrilheiro FARC.

Esses ataques não conseguiram destruir o movimento, que através de uma assembléia geral de guerrilheiros, no dia 20 de julho de 1964, anunciou o Programa Agrário dos Guerrilheiros. Inicialmente as FARC era composta por famílias e camponeses, que recebiam crescentemente a influência do Partido Comunista Colombiano. Foi então que surgiu o movimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia  (FARC). Esta organização defendeu a reforma agrária, o acesso à posse de terras e a constituição de um Estado de ideais socialistas, delineando seu caráter resistente inspirado sobretudo pela Revolução Cubana (1953–1959).

Em oposição ao movimento insurgente de orientação comunista que vinha aumentando a sua área de domínio e influência no território colombiano, surgem as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), aparentemente como parte de um projeto do governo para realizar as ações sujas em lugar das Forças Armadas. As AUC têm a sua gênese nas políticas da Doutrina de Segurança Nacional (DSN), com foco e fonte na National War College, e dentro da estratégia do Conflito de Baixa Intensidade, que foram traçados pelo Pentágono para toda a América Latina. Em 1987, vários grupos guerrilheiros existentes na Colômbia se reúnem organizativamente para a fundação da Coordenadoria Guerrilheira Simón Bolívar (CGSB).

Situação atual

As FARC se tornou apenas um partido em 2016, quando assinou um acordo de paz com o governo. Este novo partido se chamou de Fuerza Alternativa Revolucionarias del Común (FARC). Em 2021 mudou para Comunes para se distanciar de outros grupos que se mantiveram na luta armada. Inúmeros ex-membros das FARC foram assassinatos depois do acordo de paz , o que levou alguns integrantes a voltar para a luta armada em 2018. O vídeo seguinte mostra os ataques repressivos contra a população campesina e principalmente contra os militantes. Os dissidentes afirmam que o governo de Gustavo Petro tem sido “o menos sério no engajamento em negociações”. Governo dito de esquerda, porém é um que menos ajuda nas negociações.

Comemoração dos 59 anos

A comemoração dos 59 anos aconteceu na Venezuela por integrantes da chamada Segunda Marquetalia. Um dos maiores grupos de dissidentes das FARC reorganizados pelos pseudônimos Iván Márquez e Jesús Santrich após os acordos de paz, para comemorar os 59 anos de existência. Na comemoração houve frases nos discursos como:

“Manuel buscó siempre la paz, la solución política del conflicto sobre la base del cambio de las injustas estructuras políticas, económicas y sociales. Condujo todas las conversaciones con los gobiernos dirigidas a ese propósito de la humanidad”

“Ya no queremos esos gobiernos de la oligarquía que se disputan el Palacio de Nariño para enriquecerse más y más, y para reprimir a las pobrerías que reclaman sus derechos y protestan en las calles contra el mal gobierno”

“Estamos hartos de su paramilitarismo, de sus falsos positivos, de sus Uribes, de sus Duques, Pastrana, santos y Gaviria que se creen las vacas que más cagan. Estamos cansados de tanta corrupción y ladrones de estado. Ni siquiera quieren que se abra paso en el congreso unas reformas sociales que pueden ser unos primeros de alivio frente a los crueles latigazos de la política económica que hemos soportado. Ya llegó la hora, el pueblo también tiene derecho a ser derecho”

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