Tição

Por uma política radical de habitação

Programa do Coletivo de Negros discute a questão da habitação no Brasil

O programa Tição, programa de preto, desta semana, tratou da importante questão da habitação no Brasil. O enorme deficit habitacional no país atinge sobretudo a população negra brasileira, tanto aqueles que não possuem casa própria, quanto aqueles que vivem em situações insalubres. Esse deficit atinge 30% da população, sendo ⅔ desse numero de negros. Uma política habitacional radical é demanda fundamental do povo negro, é preciso uma ampla mobilização em favor de uma política habitacional que atenda às demandas de toda a população.

Como não poderia faltar, os companheiros Caio Tulio e Tiago Pires criticaram a demagogia identitária. A iniciativa da vez vem da ação dirigida pela Universidade Zumbi dos Palmares com a campanha Racismo Zero, dirigido a estabelecimentos comerciais; os estabelecimentos que aderirem ao programa terão de realizar o que chama de letramento racial, curso que supostamente combate o racismo. Uma das vantagens para essas empresas, seria a oportunidade de poder imprimir na nota fiscal sua adesão, item que pode até ‘salvar a vida de um negro’, ante a perseguição que sofre: um QRcode no formato de punho cerrado. Uma política absolutamente inócua, que não tem outra consequência que a de fomentar cursos de ‘letramento racial’, que é um meio que setores pequeno-burgueses encontraram para ganhar dinheiro, pois não têm nada a contribuir com as demandas do povo negro.

O programa do Coletivo de Negros João Cândido tratou ainda das notícias da semana; da pressão de setores da pequena-burguesia negra, em coro com a burguesia e a direita, contra a indicação do advogado Cristiano Zanin para a vaga do STF, sob o argumento de que tal indicação deve ter um critério racial e de gênero, isto é, deveria ser uma mulher negra a ocupar o ministério.

Foi tema também o reconhecimento feito nas delegacias do país, que bem poderia ser classificado de reconhecimento racial, pois basta apontar um indivíduo negro qualquer como sendo um criminoso para ser desde condenado. 80% dos “erros” de reconhecimento recai sobre a população negra que pode, em média, leva pessoas inocentes a pegarem até nove meses de prisão. Essas e outras questões foram analisadas sob a ótica do marxismo.

Se tem interesse no tema, acompanhe o programa do Coletivo João Candido, todas as quintas-feiras, às 18h, na Causa Operária TV

Veja o último programa:

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