Revolução russa

Universidade Marxista: Lênin e a Revolução

A classe operária deve ser protagonista da revolução

 O tema da universidade marxista que foi reprisada na COTV no dia 16 de fevereiro foi sobre Lênin e a teoria da revolução. 

 O companheiro Rafael Dantas explicou sobre a contribuição de Lênin na teoria sobre os acontecimentos que levaram à revolução russa e todas suas etapas, para maior esclarecimento colocou também considerações sobre as contribuições de Plekhanov, pai do marxismo russo e Leon Trotski com a teoria da revolução permanente.

 A comparação com a situação brasileira também esteve presente na aula, afinal assim como a Rússia, o Brasil é um país de desenvolvimento capitalista atrasado.

 O desenvolvimento capitalista na Rússia teve início somente no fim do século XIX, quando a revolução industrial já havia ocorrido em países como Inglaterra, França e Alemanha. Esse desenvolvimento econômico e consequentemente político não superou o feudalismo no país, com base no poder agrário nas monarquias dos Czares. 

 Sobre a origem da discussão do problema da revolução por Lênin, o companheiro colocou: “O problema da revolução na Rússia surge a partir de uma polêmica com a elite revolucionária do período histórico imediatamente anterior, o populismo russo, uma forma de anarquismo”. 

 Para os populistas o país não contava com o desenvolvimento capitalista, a situação russa para eles partiria do feudalismo e iria desembocar numa espécie de socialismo agrário, sem desenvolvimento industrial.

 O populismo russo é de orientação anarquista e defendia o terrorismo como método política para atrair as massas para a revolução.

 Plekhanov foi o primeiro a considerar a questão do desenvolvimento capitalista como uma realidade na Rússia. Antigo populista, Plekhanov aderiu posteriormente ao marxismo, é considerado o pai da teoria em seu país. 

 Porém para esse teórico, a classe operária não seria a protagonista na revolução, mas serviria como auxiliar da burguesia, uma vez que o desenvolvimento capitalista possui um caráter burguês e era uma realidade inegável na Rússia. 

 “ cabe a classe operária participar, atuar nessa revolução, defender uma revolução burguesa em seu país” , “temos que organizar a classe trabalhadora em partido próprio, em defesa dos seus próprios interesses, mas a classe trabalhadora não é o agente principal da política do momento do final do século XIX. Cabia a classe operária lutar ao lado da burguesia contra o entrave feudal para a revolução”. Destacou o companheiro sobre a concepção da revolução por Plekhanov.

 Posteriormente Lênin analisou o desenvolvimento capitalista na Rússia e constatou que a burguesia naquele momento já não era  mais a classe revolucionária, mas sim a classe operária.

 Para tal conclusão Lenin se baseou nos escritos de Marx sobre as revoluções de 1848 na França, quando a burguesia ao constatar que a classe operária estava em ação com um caráter de fato revolucionário, adota uma posição reacionária e contrarrevolucionária. Algo que também ocorreria na Rússia, não poderia ser papel da classe operária esperar pacificamente a burguesia realizar sua revolução, deveria dirigir politicamente a revolução. Dessa maneira Lenin supera a concepção de Plekanov.

 Finalmente temos a teoria da revolução permanente de Leon Trotski, desenvolvida no contexto da revolução de fevereiro, levando em conta a experiência de 1905. Trotski havia sido recentemente eleito ao comando do primeiro soviete e assim como Lênin deu um passo a frente dentro da teoria marxista, sendo um grande analista de Marx e Engels, Trotski fez o mesmo em relação a Lênin.

 “ Se a revolução burguesa for dirigida pela classe operária e for vitoriosa, a classe operária vai instaurar a ditadura do proletariado” – definiu o camarada sobre a teoria da revolução permanente. 

 Quanto a questão brasileira a revolução russa tem um exemplo muito rico a ser seguido: temos um país de capitalismo atrasado, porém muito menos do que a Rússia no contexto da revolução, também já temos um governo burguês apoiado no imperialismo e no latifúndio, causa também de nosso atraso econômico. Assim como na Russia, a classe operária brasileira deve entrar em ação e realizar a revolução que a conduzirá a sua emancipação, devemos reconhecer e lutar contra nossos inimigos: A burguesia imperialista, os latifundiários e a esquerda pequeno-burguesa imperialista.

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