Outro líder social, identificado como José Ricaurte Quintero Marín, de 56 anos de idade, foi assassinado no município de Armênia, capital do departamento de Quindió, na Colômbia, de acordo com denúncia do Instituto de Estudo para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz). Ele fazia parte da Fundação dos Sobreviventes de Maná, que trabalha com famílias de pessoas desaparecidas.
Segundo o instituto, o líder foi morto no bairro Patio Bonito Bajo, onde foi abordado por homens armados próximos da sua residência. Ele estava com o filho, um menos de 17 anos de idade, que acabou ficando ferido na ação.
Um oficial que trabalha com o caso na região disse: “Várias unidades policiais chegaram ao local e fizeram buscas pelo local com a finalidade de coletar informações. Foi relatado que as duas vítimas estavam numa motocicleta, foram abordadas por uma pessoa que, sem dar uma palavra, sai do arbusto e dispara tiros com uma arma de fogo”.
Em nota divulgada na sua conta oficial no Twitter, a Indepaz expressou o seguinte: “(José Ricaurte Quintero Marín) Era um líder comunitário e membro da Fundação dos Sobreviventes de Maná, composta por famílias de pessoas desaparecidas que se uniram em um trabalho coletivo para atuar em torno da verdade, da justiça e da reparação.
Os dados revelados pela organização revelam que, ao longo deste ano de 2022, 187 líderes sociais foram assassinados no país da América do Sul, 1.407 desde que o Acordo de Paz, firmado em 2016, foi estabelecido.
Sobre essa perda, a Unidade de Buscas de Pessoas Desaparecidades (UBPD) deixou claro a sua repulsa diante desse ato criminoso e manifestou sua solidariedade à família da vítima. “A diretora da UBPD, Luz Marina Monzón Cifuentes, em nome de toda a sua equipe de trabalho e, particularmente, de quem acompanhando a Fundação, expressa a sua mais completa solidariedade à família do senhor Ricaurte”, diz uma nota publicada na conta oficial da UBPD no Twitter.
Ainda na mesma rede social, a organização afirmou: “Esperamos que se garanta justiça frente a esses atos e pedimos que as autoridades tomem medidas rapidamente e as encaminhem para a Fundação dos Sobreviventes de Maná”.
A Defensoria do Povo havia emitido um alerta mais cedo, ao tomar conhecimento dos grupos armados, para restringir o trabalho das organizações e lideranças sociais e comunitárias.
Antes desse crime, houve a notícias de mais dois homicídios, todos contra líderes sociais. Foram eles os assassinatos de Jesús Maria Mora, em Tolima, e de Javier Gámez Hinojosa, em Guajira.