A Copa do Mundo de 2022 começa hoje e, como sempre, é uma representação dos conflitos de interesse do imperialismo com os países atrasados. Dessa forma, é também o momento da defesa do futebol, o esporte mais popular do planeta e, por isso mesmo, o favorito nos países atrasados e oprimidos pelo imperialismo.
Agora, por exemplo, a Guerra na Ucrânia é o elemento fundamental para a tentativa de exclusão da seleção iraniana do torneio, por conta de sua aliança politica a Rússia. A decadência do futebol europeu, também foi mais um motivo para a tentativa de desmoralizar a Copa no Catar.
Estando os principais países da Europa em péssimas condições para combate, considerando, inclusive, que de França, Alemanha e Itália, o último sequer se qualificou para a Copa; o favoritismo brasileiro para a vitória torna fundamental uma grande campanha contra a sede do evento.
Se defendemos a luta da esquerda e dos setores oprimidos, é preciso incluir nas reivindicações a defesa dos interesses populares. O futebol é, em grande medida, um esporte do povo pobre e oprimido. O “Futebol Arte” brasileiro, uma prova de superação dos rios de dinheiro dos países imperialistas, pela técnica desenvolvida nas ruas do países e consagrada nos campos internacionais.
A torcida pela Copa, portanto, deve ser uma torcida vermelha.
A esquerda de verdade defende o futebol brasileiro contra o imperialismo
Lula falou que não é momento de “julgar” a escolha do Catar para ser sede da copa.
“As seleções já estão convocadas, já estão treinando. O que queremos é que os jogadores joguem bem para dar um espetáculo para todos nós”, completou o presidente eleito.
Ainda na mesma entrevista para um jornalista em Lisboa, Lula disse que: “Depois de 20 anos, chegou a vez do Brasil voltar a ser campeão do mundo. Primeiro porque algumas seleções importantes não estão bem. Segundo, porque o país que é tetracampeão, que é a Itália, não vai. Terceiro, porque o Cristiano Ronaldo não está jogando como 15 anos atrás”
Ele tem razão. A Copa é um festa popular que impulsiona a autoestima da classe operária para defender seus próprios interesses, como disse o companheiro Rui Costa Pimenta em entrevista para a TV 247: “Nesse momento, uma vitória do Brasil na Copa poderia estimular o povo brasileiro nas suas expectativas, na sua confiança. Criar um clima positivo que eu acho que vai ser necessário para defender as suas reivindicações diante do fato de que temos um governo de esquerda, que abre grandes possibilidades para os trabalhadores […] Minha expectativa é que isso levantaria a moral da classe trabalhadora, que já obteve uma vitória com a eleição do Lula, e que se criasse um movimento ascendente”.
Não é à toa que neste momento, da mesma forma que em 2014, o imperialismo impulsiona um movimento na esquerda contra a Copa no Catar. O “Não vai ter copa”, de Guilherme Boulos, por exemplo, foi um elemento importante para o movimento pelo golpe de Estado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff. Dessa vez, o problema é a proximidade politica de Catar com a Rússia, com a qual o imperialismo trava uma guerra por procuração através da Ucrânia. Setores da esquerda pequeno-burguesa brasileira estão reproduzindo a campanha como já assinalamos neste Diário.
Torça de vermelho!
Nesse sentido, a Loja do PCO está lançando uma série de materiais para garantir o vermelho nos estádios e bares nos jogos do Brasil. A bandeira brasileira, cooptada pela direita bolsonarista, passou a ser também símbolo de entreguismo, de bolsonarismo. Os apoiadores de Bolsonaro, “batendo continência para a bandeira dos EUA”, não representam a verdadeira vontade do povo brasileiro. Por isso, é preciso afirmar que, quem realmente defende o Brasil, são aqueles que se vestem de vermelho.
Além da vestimenta, a companhia nas torcidas é essencial. Por isso, também faremos atividades para assistir os jogos em nossas sedes e em Centros Culturais. Os jogos do Brasil são um importante momento de socialização, um momento de autoafirmação do povo brasileiro, elevando a sua autoestima para a luta. Por isso, não devemos perder essa oportunidade para estar junto a esquerda combativa e ter a companhia dos setores que realmente defendem o futebol.
É preciso lembrar, também, que o Diário Causa Operária está lançando matérias todos os dias sobre os jogos e os conflitos políticos envolvendo a Copa e trará cobertura e análises sobre o desempenho da Seleção em campo. Acompanhe!