Em uma coluna na Semana passada, falando sobre o inquérito aberto por assédio sexual, contra o presidente Caixa Economica Federal, Pedro Guimarães, o porta voz da burguesia na imprensa golpista (O Globo), Merval Pereira, cantou a bola – como já fez em outras ocasiões – que está em marcha uma campanha de difamação utilizando o mesmo argumento (assédio sexual) contra o ex-presidente Lula.
Segundo o articulista do principal jornal da 3ª via, Luiz Inácio Lula da Silva também tem o rabo preso em relação à questão do assédio sexual, “que seu passado o condena”. É uma coluna curiosa, literalmente de ataque em menor grau a Bolsonaro e bem agressiva contra Lula e o Partido dos trabalhadores. Inclusive com um título bem sugestivo “Umas pedras no caminho”.
É importante lembrar que esse tipo de acusação tem sido usada para linchar publicamente e até mesmo prender adversários políticos, figuras importantes do cinema, atletas e muitos outros, no Brasil e no mundo. O caso Julian Assange, Evo Morales, Johnny Depp e etc. tem e mesma linha de perseguição e claramente os mesmo interesses, ligados às mesmas pessoas, do imperialismo.
A manobra parece já estar pronta, só escolhem quem querem atingir e colocam o plano em ação. A imprensa explode em campanha demagógica em defesa da mulher, e até o cidadão acusado provar que focinho de porco não é tomada a coisa já se alastrou como uma bomba. Isso serviria de forma muito oportuna para a burguesia para mudar os rumos da eleição.
Em seu artigo n’O Globo, o próprio Merval Pereira alerta que um candidato novo pode mudar os rumos da eleição. Agora veja bem, quem é a representante da 3ª via nesse momento? Simone Tebet, uma mulher, até então desconhecida da opinião pública, “democrática”, “moderada”, e tudo mais de adjetivos bons que a imprensa golpista puder colocar.
Nesse meio a esquerda pequeno burguesa terá seu papel. Os identitários, levam a campanha da burguesia contra o candidato de esquerda a ferro fogo, alegando histericamente a defesa da mulher, a “luta” contra o assédio sexual. Não há dúvidas de que isso pode acontecer e que deve estar inclusive já montado nos bastidores da política nacional.
Os julgadores desses processos, todos sabemos quem são. Juízes não eleitos, com interesses próprios, e prontos para qualquer canalhice que não seja realmente agir na lei. Visto os casos dos processos do Mensalão, da Lava Jato, enfim, instituições para agir em favor da burguesia, contra qualquer resquício de democracia ou a favor do povo, é o que não falta no Brasil.
Portanto não há a mínima possibilidade de uma imprensa golpista ligada ao imperialismo, defender os direitos de mulher nenhuma. A demagogia é feita para ataque contra opositores. Os golpes de Estado, as invasões do imperialismo mundo afora traz resultados catastróficos para as mulheres de todo planeta.