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Softpower a serviço do EUA

Prerrô: uma conduta correta diante da polêmica e outras questões

Um respeitoso alerta ao Dr. Marco Aurélio de Carvalho e ao conjunto da esquerda deste país, especialmente Lula

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Uma atitude correta, respeitosa e admirável do Dr. Marco Aurélio de Carvalho

Semana passada escrevi, em coluna publicada no Blog Internacionalismo deste Diário, o artigo intitulado Prerrô: um instituto a serviço do softpower norte-americano? . O artigo levantou uma grande polêmica em torno das relações entre o Prerrô e um suposto softpower contra o país e o futuro dos movimentos sociais em geral, como é o caso do MST, MAB, Geenpeace, MTST e CONAq entre outros, na ONG Washington Brazil Office.

Na verdade, muitas relações perigosas no Prerrô, conforme olho da matéria, foram levantadas por mim, e que pretendo colocar em prática analítica, doravante. Mas, confesso que as contradições do Grupo Prerrogativas (uma think tank) superam as próprias contradições sociais no capitalismo, pois é um clube fechado para juristas e membros de advocacy, me fizeram refletir e comparar com as experiências que venho levantando mundo afora em torno do problema do softpower, pois tenho uma colega que contribui com o Prerrô.

Antes de colocar novas questões e problemas de institutos destes para o Brasil, dessa forma de fazer política, o Coordenador do Prerrô, o Dr. Marco Aurélio de Carvalho, procurou o Partido da Causa Operária e conversou conosco e explicando as atividades do Grupo Prerrogativas, numa atitude que admiramos e que vimos como uma pessoa digna de respeito e consideração. o Dr. Marco Aurélio de Carvalho visa realmente transformar o país e melhorar as condições de justiça e combater a desigualdade social, diante das condições concretas que estão diante dele, e o parabenizamos por isso.

A atitude de Marco Aurélio de Carvalho é um grande exemplo que deveria ser seguido pelos diversos setores da esquerda, a fim de construirmos uma frente de organização e combate à extrema-direita e ao golpe de Estado, o qual o membro do PT certamente o fez e que demonstra em todas as suas participações. Também compreendo que a política é composta de relações concretas e, dependendo do ângulo ou classe, há um reflexo material. Existem grupos mais plurais, como o IREE,  e outros grupos que atuam por centralismo democrático, como é o caso do nosso Partido, o PCO.

Novas questões sem o intuito de ilações ao instituto, mas ao país

O PCO foi uma das poucas organizações que lutou contra o golpe e contra a prisão de Lula, pela liberdade do Presidente e o apoia incondicionalmente ao pleito presidencial. Entretanto, vimos sofrendo uma série de ataques de personalidades públicas que participam ou entrevistam membros do Prerrô e IREE. Esses dois grupos são diferentes em uma questão: o Prerrô não é uma ONG (não sei se tem a intenção de sê-la), e possui um coordenador que apoia o ex-Presidente Lula, contudo, inegavelmente é uma think tank que tem personagens como Glauber Braga, um sujeito detestável, antipetista, golpista e oportunista. Foi do PSB ao PSOL e agora tenta dividir a esquerda, no momento de maior chance de derrotarmos o “fascismo”. Não se trata de levar seu “programa” neste caso de Glauber. Trata-se, assim como foi Gabriel Boric, de uma peça do xadrez do imperialismo, da estratégia do Chile.

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Glauber Braga está como colaborador

Mesmo que o Prerrô se coloque na pluralidade de ideias, ter dificultado o avanço de conversações e avanço da candidatura Lula, sendo um parlamentar voltado para interesses pessoais e partidários, além do que parece propor o Grupo Perrogativas.

Glauber Braga ainda é uma pessoa que faz um “figurino de esquerdista”, mas, o que dizer de inimigos do povo como Dias Toffoli, membro do Supremo Tribunal Federal, um dos principais responsáveis pelo Lawfare contra Lula e contra o PT.

O que tememos é que uma instituição tão poderosa, e plural, como o Prerrô, tenha aberto os flancos para pistoleiros da juristocracia como a Dias Toffoli, que não fez nada contra Bolsonaro, apesar de todos os abusos e crimes apontados nos mais diversos pedidos de impeachment, que estendeu os tapetes para a lama contida no sapato e no traseiro do Presidente. Como é que um instituto em “favor da democracia” não se atenta para esse tipo de parceria nefasta? Alguém considera que Toffoli, que não permitiu entevista à Lula na prisão durante longo período, é alguém afeito à “democracia”?

Outro alerta ao Prerrô é o instituto Sou da Paz, membro ativo da lista da Fundação Nacional para a Democracia, o NED, uma ONG que controla uma penca de endowmenters com envolvimento com o imperialismo conforme o link a seguir. Vimos demonstrando o papel do NED na China em quatro matérias sobre Xinjiang, Tibet, Twaian e Hong Kong, demonstrando a questão crítica e o caos causado por ONGs imperialistas. O Sou da Paz, além do NED, mantém parcerias com a nata podre do imperialismo, do softpower e hardpower.

O Poder do Instituto pode ser observado pelos leitores. No documento sobre transparência, podemos verificar todo tipo de ONG imperialista, desde o Lehman, passando pela Fundação Ford, Open Society e NED, e os relatórios demonstram o nível de controle deste instituto sobre o regime político.

Campanha Imagine a Dor Adivinhe a Cor – Causar – Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes – Conectas Direitos Humanos – Comitê Paulista de Prevenção aos Homicídios na Adolescência – Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Conselhos Tutelares da região Fó/Brasilândia – Defensoria Pública do Estado de São Paulo – Departamento da Polícia Federal – Dotz- Flávio Waiteman – Fórum Brasileiro de Segurança Pública – Fundação CASA – Fundação Tide Setubal – GAJOP – GENSAC – Gife – Intervozes – Instituto Alana – Instituto de Defensores de Direitos Humanos – Instituto de Defesa do Direito de Defesa – Instituto Igarapé – República.Org – Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – Justiça Global – Locatelli LacLaw – Ministério Público do Estado de São Paulo – Ministério Público Federal – Montenegro Castelo Advogados – Nossas Cidades – Núcleo de Estudos da Violência da USP – Observatório de Favelas – Pacto pela Democracia – Pannunzio Trezza Donnini Advogados – Pensata – Plataforma Brasileira de Política de Drogas – Polícia Civil do Estado de São Paulo – Polícia Militar do Estado de São Paulo – Prefeitura Municipal de São Paulo – Prêmio Espírito Público – Programa Respeito à Vida – Pulso Público – Rede de Advocacy Colaborativo – Rede Desarma Brasil – Rede Liberdade – Rede Justiça Criminal – Rede Maranhense de Justiça Juvenil – Secretaria Municipal de Educação de São Paulo – Secretaria da Educação do Estado de São Paulo – Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo – Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Paulo – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo – Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste – SMSE Associação de Luta e Promoção Social – Subprefeitura da Freguesia do Ó/Brasilândia – Trajetórias – UNICEF – UNLIREC – Vetor Brasil.

Como um instituto para “a paz” tem parceria com um das polícias mais violentas do mundo, a Política Militar de São Paulo? Fica um alerta ao Dr. Marco Aurélio de Carvalho e ao PT, pois a PM e o PSDB são “máquinas de guerra e de morticínio do povo negro e dos pobres”. O próprio IDDD que tem vários colaboradores do Prerrô figura na lista do Sou da Paz/PSDB.

O “system endowment” desse Cavalo de Troia, chamado “Sou da Paz”, no Prerrô, é uma das questões que mais inviabilizam uma organização justa contra a desigualdade judicial e os direitos humanos. Sou da Paz, além de demagógica, não tem absolutamente nada de esquerda. Basta ver o Pacto que o Sou da Paz ajudou a construir, o Pacto pela Democracia. Esse Pacto poderia se chamar Pacto pela Demagogia, que serve aos interesses de controlar o regime político suavemente, dando empregos à pessoas formadas em Universidades, em cursos de “humanas”, para realizar o serviço sujo, a partir de um aparato informacional de ponta.

Também questionamos o sentido concreto para a “democracia” divulgar um grupo chamado Basta!, composto pela combinação “improvável” de Kakay com um dos mais nocivos procuradores da Lava-Jato, um sujeito anti-esquerda e que ajudou a fraudar o direito com as mais diversas violações aos “direitos humanos”. Sem dúvida, leitores, que estamos diante de graves problemas políticos com a formação desse grande partido do advocacy.

A cereja do Bolo: Walfrido Warde e a máxima atenção

Estimado Dr. Marco Aurélio de Carvalho, com a máxima vênia, o Senhor sabia que Walfrido Warde rasgava uma seda ao Ciro Gomes, ao tom de quem lamenta a não chegada do Ciro ao segundo turno. Veja o início deste vídeo, Dr. Marco Aurélio.

Sem dúvida nenhuma que a presença de Walfrido Warde, após as relações perigosas desse empresário do “endowment” divulgada por este Diário.

A penetração dessa maquinaria ligada aos interesses da mais alta burguesia do país, que também está ligado aos interesses do hardpower da Polícia Militar de São Paulo, membros ilustres das forças armadas como Gen. Etchegoyen – que tem toda uma plataforma para a dominação do regime, além de ter sido homem forte do Temer – e da Polícia Federal, Leandro Daielo. Não por essas instituições em si, mas pelos agentes envolvidos no golpe de Estado de 2016 e altos controladores do regime político.

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Considerações finais a Marco Aurélio de Carvalho e uma conversa preliminar com Jones Manoel

Estimado Dr. Marco Aurélio de Carvalho, teve o respeito entre pessoas que visam melhor o país, mas é preciso pensar um modelo de endowment desvinculado das infiltrações de organizações como o NED, e que muitos membros do Prerrô, como o caso do “Sou da Paz”. O NED não quer mudança de regime à esquerda, nem revolucionária nem nacionalista como a maior parte do PT e o próprio Lula.

Infiltrações do imperialismos causam confusões àqueles que poderiam lutar por um país melhor, mas estão assistindo a vídeos como esses, que naturalizam as ações das ONGs.

Jones Manoel inicia atacando grupos políticos (sem dar nomes aos “bois”) que usam o termo guerra híbrida para compreender o ataque imperialista ao Cazaquistão. De fato, uma coisa é certa, a luta de classe precisa ser considerada, e o PCO fez essa análise imediatamente, comparecendo nas redes do partido e na Análise do Rui Costa Pimenta. Diferentemente do próprio PCB, nós avaliamos que o início do estopim foi o preço do gás, subido pelas corporações de gás e petróleo, conduzido pelo FMI.

No mesmo pitoresco vídeo, Jones Manoel ataca Andrew Koryko, que não é autor do termo “guerra híbrida”. Korybko é um jornalista que se detém às informações e abordagens advindas do meio militar, o que é fundamental para contribuir com a análise da política internacional. O termo hybrid warfare é uma abordagem militar apenas, que foi fomentado nos estertores do Estado norte-americano em 2010., mais especificamente no U.S. Government Accountability Office. Portanto, trata-se de um fato geopolítico e geoestratégico.

A outra barbaridade de Jones Manoel, que foi projetado pela Boitempo, que por sua vez recebeu financiamento da Ford Foundation em 2014, diz que não há nada demais em fazer política com a Fundação Ford, que simplesmente apoiou Hitler e um dos criadores do endowment de falsa bandeira ou “falsa esquerda”, algo abordado por Andrew Koribko.

Jones Manoel não compreende que a Ford esteve presente desde o apoio ao Hitler, passando pela Operação Condor e, fomentou editoras como a Boitempo, nos idos de 2014 e o GOLPE DE ESTADO DE 2016. Esse levantamento acerca da Fundação Ford no Brasil está em estudo pelo nosso Partido, mas, costumo dizer a meus alunos que para falar em geopolítica, é preciso compreender as abordagens da guerra, desde as adaptativas até mesmo as estratégias de campo, logística, espionagem e endowment, além, é claro, de infiltrações voluntárias ou “involuntárias”.

A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a posição deste Diário

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