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Educação

Para MEC bolsonarista, “universidade deveria ser para poucos”

Burguesia mostra sua verdadeira intenção com a educação brasileira.

No último dia 10, o ministro da educação golpista, Sr Milton Ribeiro, através da TV Brasil, mostrou qual seria, segundo os golpistas, o modelo educacional ideal para o Brasil: “Somente os filhos das elites econômicas teriam curso superior, enquanto para os pobres sobraria os cursos técnicos”. Teve o descalabro de dizer que seria justo este modelo uma vez que: “são os pais dos ‘filhinhos de papai’ que pagam impostos e sustentam a universidade pública, assim não poderiam ser penalizados.” Ou seja, pai de pobre não paga imposto. Uma verdadeira aberração social que só poderia passar pela cabeça de um fascista. Aqui cabe ressaltar que o ministro é apenas um representante de uma classe social, no caso a burguesia, assim esta ideologia se torna uma expressão da luta de classes.

É obvio que se trata de uma ideologia reacionária e excludente. O ingresso dos alunos nas universidades deve estar pautado no seu esforço, capacidade e merecimento. O Estado deve investir pesado na educação básica e gratuita em todas as esferas, desde as creches, até o ensino médio para que o aluno pobre tenha condições de disputar uma vaga nas instituições de ensino superiores.

Porém, na visão do ministro da educação fascista, o merecimento é algo relacionado com a condição econômica de cada um. Deste modo o pobre já nasceria fadado a passar longe das universidades. Sobrando para eles o ensino técnico.

Este era justamente o modelo usado pelos militares durante um período da ditadura e que ficou conhecido como “tecnicista”, ou seja, extrair dos “técnicos” máxima produtividade e eficiência.

Voltando ao presente, os pobres seriam enviados para trabalhar nas empresas, fábricas e escritórios dos capitalistas, para aumentar seus vultuosos lucros, com direitos trabalhistas cada vez mais reduzidos, diante dos ataques sistemáticos que a CLT vem sofrendo desde o golpe de 2016, sem falar das arbitrariedades do TST em relação aos movimentos sindicais.

Também é preciso dizer que esta visão de sociedade não é algo exclusivo do governo Bolsonaro, mas de toda a direita que esteve por trás do golpe de Estado contra o governo do PT. Partidos como PSDB, MDB, PSB, PDT, etc todos partilham deste sentimento.

É preciso sair as ruas dia 18/08 e incluir nas reivindicações a exigência de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

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