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Sobre as calúnias contra o PCO

Ninguém chuta cachorro morto

O desdém da esquerda pequeno-burguesa, as calúnias e a tentativa de sabotar a luta pelo 'fora Bolsonaro' se complementam com o desespero da burguesia na crise política nacional

Rafael Dantas

Por que acusam o PCO de bater em militantes de esquerda, mulheres e crianças, roubar celulares, caguetar reuniões secretas da esquerda e fazer acordo com a polícia às costas do movimento?

Em 20 dias, lançaram contra nosso partido uma lista de acusações de fazer inveja a qualquer escroque, arruaceiro ou desclassificado. Uma série de calúnias, uma mais absurda do que a outra, une a esquerda pequeno-burguesa à imprensa burguesa golpista em uma campanha vil contra o partido da luta contra o golpe

O entrevero entre militantes do PCO e de outros partidos e pessoas ligadas ao PSDB na manifestação pelo “fora Bolsonaro” em 3 de julho foi o ponto de partida para uma enxurrada de acusações e uma campanha ativa na tentativa de isolar e afastar nosso partido do movimento que, inegavelmente, é produto da sua ação política militante dos últimos três anos. Na ocasião, PCdoB e PDT se juntaram à Revista Forum, de Renato Rovai, para defender o PSDB

As acusações feitas por Carmen Silva, do MSTC, foram reproduzidas com gosto pela Forum. Em um crescendo, fomos acusados de 1) agredir militantes de esquerda (Carmen Silva e gente do MSTC) que tentaram “apartar a briga”, 2) de termos agredido deliberadamente a própria Carmen Silva, 3) de termos agredido mulheres e crianças, 4) de termos roubado celulares e, surpreendentemente, 5) de termos usado “práticas violentas e machistas contra Dilma Rousseff e suas defensoras”. Pura pilantragem.

O resultado? O PCdoB, em um dos fóruns do movimento (reunião da Frente Brasil Popular em 6 de julho) e a imprensa capitalista, em vários artigos na mesma semana, se levantaram para pedir a cabeça do PCO, censurar-nos pela violência e tentar afastar nosso partido da coordenação das manifestações. Eis um novo uso para a política de “frente ampla” defendida pelo PCdoB. Não deu em nada, no entanto, graças à resistência que oferecemos e ao bom senso que predominou entre os demais partidos e organizações que participam do movimento e não levaram a sério as acusações absurdas dirigidas contra o PCO.

Isso, no entanto, não impediu que novas acusações fossem lançadas contra o PCO e contra mim, pessoalmente. Como esclareci anteriormente (veja o artigo “Eu ‘delatei’ o oportunismo”), tentaram imputar-nos a pecha de delatores, de espiões e traidores do movimento simplesmente porque expusemos publicamente aquilo que os militantes do PCdoB disseram nas reuniões da FBP e da coordenação da campanha Fora Bolsonaro – nomeadamente, a defesa da frente ampla, da presença do PSDB nas manifestações e a tentativa de censurar o PCO.

Na última semana, uma nova calúnia tomou forma: a acusação de que o PCO teria feito um acordo com a PM. Como dissemos, “pessoas que se identificam como anarquistas [acusaram] o partido de ter se reunido e chegado a um acordo com a Polícia Militar e a esquerda para ‘organizar o ato’ do dia 24 e daí para pior, chegando ao absurdo de acusar o PCO de ser um dos responsáveis pela repressão policial desencadeada ao final da manifestação deste sábado [24]”.

Calúnias não são novidade entre as armas usadas pela esquerda pequeno-burguesa e a direita burguesa contra o PCO. São mentiras e invenções grotescas, como sempre, com o intuito de atiçar a desconfiança das massas e, muito particularmente, dos militantes de esquerda. Já as enfrentamos há muito tempo e, mesmo as mais recentes, nada mais são que velhas acusações absurdas requentadas. 

Em fevereiro do ano passado, por exemplo, as calúnias divulgadas pelo blog Duplo Expresso, que da acusação de que o presidente nacional do partido, o companheiro Rui Costa Pimenta, havia se apropriado das contribuições da campanha para pagar multas do TSE para fazer uma viagem com a família para a Europa passou a divulgar que “o PCO” (uma pessoa jurídica) teria tentado assassinar “ex-militantes”

A primeira acusação tem a marca inconfundível de uma campanha burguesa, de direita: é uma denúncia de corrupção. Várias e tantas “denúncias” como essas foram feitas ao longo dos anos que parece que nossos detratores já nem sabem mais se estamos comprados pelo PT ou pela direita. Na dúvida, alguns resolveram, convenientemente, até abreviar: “o venal PCO”. Entenda quem puder.

Passando a acusação de “gangsterismo”. Nesse episódio Duplo Expresso conseguiu amalgamar as acusações de uma pessoa que teria deixado de simpatizar com nosso partido com outras feitas por um ex-militante quatro anos antes, ambos se fazendo de vítimas do “truculento” PCO. Já fomos até mesmo acusados de ir até a casa das pessoas, tocar a campainha e chamá-las para conversar. Quando não nos acusam de usar de meios “extralegais” (leia-se: violência física) contra nossos adversários, lançam a invectiva: “o PCO quer usar a justiça burguesa” contra pobres e indefesos caluniadores e sabotadores.

Do grotesco para o hipergrotesco, eis que em outubro de 2020, nosso partido era acusado pelo “youtuber” Jones Manoel de “defender o ex-futebolista, Robinho, ‘o estuprador’”. Dessa invenção, produto do cruzamento da má fé com a ignorância pura e simples, derivaram outras acusações caluniosas (além de imbecis), de que o PCO é machista e misógino, reproduzidas por indivíduos dados a papagaiar qualquer desaforo contra o nosso partido. Acusações desse gênero (machismo, racismo e homofobia) volta e meia são levantadas quando os que nos acusam julgam necessário fazer demagogia com o público feminino, homossexual, negro etc.

Em janeiro deste ano, um artigo na Revista Forum acusava o PCO de ser “pro-Trump”. A polêmica com o jornalista Renato Rovai mostrou, como não podia deixar de ser, a má fé do “profissional” que se mostrou incapaz de até mesmo interpretar um texto corretamente, tomando a ironia de um colunista do nosso Diário Causa Operária por confissão de culpa de uma política absurda.

Ocorre ainda que, no afã de lançar as maledicências e detrações mais aberrantes e disparatadas sobre o PCO, a esquerda pequeno-burguesa e a imprensa capitalista traem a própria língua. Não nos acusam de mundos e fundos sem acrescentar sempre observações de menosprezo. Assim, acrescentam ao absurdo da vez qualificações e insinuações de que o PCO é “pequeno”, “insignificante”, “irrelevante”, “não tem voto” (e todas as variantes: “não tem deputados”, “vereadores” ou “síndico de prédio”) enfim, a ideia de que “ninguém liga para o que o PCO diz”. Encorpam este chorume, acusações pseudopolíticas, como a de que nosso partido é “sectário”, “extremista” ou “presta serviço ao fascismo” e que esse seria o motivo de supostamente não termos audiência. 

Diante disso, pedimos encarecidamente: decidam-se, senhores! Ou o PCO é insignificante, ou é o pior mal a ser combatido no movimento pelo “fora Bolsonaro”. Se nossas posições são irrelevantes, absurdas ou cômicas, não há necessidade de tanto nos caluniar, difamar e de distorcer nossos argumentos. Se ninguém leva o PCO a sério, por que se dão o trabalho? Agora, se não conseguem calar e se vêem compelidos a, dia após dia, empilhar novas acusações estapafúrdias uma sobre a outra, motivo há. Afinal, ninguém chuta cachorro morto.

A razão de todos esses ataques e lorotas lançadas contra o PCO é claro, só não vê quem não quer – ou quem deliberadamente tenta esconder a realidade de si e dos outros: trata-se de combater o partido que é, indiscutivelmente, a vanguarda da luta pelo “fora Bolsonaro”, uma espécie de intelligentsia da esquerda (e, antes que nos acusem de sermos, além de tudo, esnobes e arrogantes, deixo claro que a expressão não minha, mas de especialistas em inteligência das Forças Armadas). 

As manifestações do último dia 24 certamente deram mais um motivo para os inimigos do PCO (e falsos amigos da luta pelo “fora Bolsonaro”) se remoerem. Além de ter sido o detonador da onda de manifestações nacionais pela derrubada do governo golpista, nosso partido obteve um novo êxito. Nossa incansável defesa das reivindicações dos trabalhadores e das massas empobrecidas e a insistente campanha que fizemos pela formação de um bloco vermelho nos atos deu seus primeiros frutos. As manifestações foram, sem dúvida, mais vermelhas em todo o país, isto é, contaram com a presença organizada da militância de esquerda, muito particularmente do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Os militantes que compareceram às ruas com suas bandeiras vermelhas deixaram claro seu repúdio à tentativa da direita de sequestrar a luta pelo “fora Bolsonaro” para seus fins eleitorais, a frente ampla e a terceira via do PCdoB, do PDT de Ciro Gomes e do PSDB de João Doria. O movimento vai se tornando ainda mais consciente de sua força e de seus propósitos. Novas manifestações, mais massivas, mais vermelhas e combativas estão por vir, e rápido. Apressem-se, pois, senhores! Já passa da hora de lançar uma nova calúnia contra o PCO!.

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