A União Provincial de Comunas e Cooperativas de Cañaris (UPCCC) informou ter realizado uma série de bloqueio de rodovias na região de Cañar, região sul do país, reunindo lideranças indígenas de toda a região e reivindicando a recontagem de votos das últimas eleições presidenciais encerradas em 07 de fevereiro.
Segundo a própria organização e a imprensa local, houve protestos em 07 localidades da província de Cañar, bloqueando importantes estradas como a Cuenca-Girón-Pasaje, na freguesia de Tarqui, provincia Azuay.
Em comunicado via redes sociais a UPCCC afirmou que seguirão protestando e convocando uma greve para o próximo dia 07 denunciando “a ação maliciosa dos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”.
A Confederação dos Povos da Nacionalidade Kichwa do Equador (Ecuarunari) e o partido “movimento de unidade multinacional Pachakutik” do candidato Yaku Perez, terceiro colocado, também endossaram a mobilização informando o apoio à greve pretendida.
A mobilização de organizações indígenas foi convocada em 26 de fevereiro passado, quando a CNE aceitou a contagem de 31 atas com mais de 20 mil registros eleitorais com supostas inconsistências, apresentados por lideranças indígenas. Posteriormente cerca de 600 atas que registravam amplo apoio a Perez foram aceitas, porém não alterariam o resultado da eleição.
Por outro lado, a Confederação de Povos e Nacionalidades Indígenas (Conaie), que reúne a maior representação das comunidades ancestrais, permanece fora das manifestações convocadas pelos Ecuarunari e Pachakutik.
