O Partido da Causa Operária apresentou uma série de propostas para todo o povo e para os trabalhadores dentro de um programa de luta diante da crise. Um dos ponto principais desse programa é a luta pela constituição de conselhos populares nos bairros para que a própria população possa enfrentar a crise e arrancar dos governos soluções para os problemas.
QUando dizemos “arrancar” é porque é preciso ter claro que os governos direitistas e golpistas não irão fazer nada para solucionar os problemas do povo, pelo contrário, já mostraram que no que diz respeito à pandemia do vírus corona deixarão o povo padecer em casa e quem tiver sorte sobreviverá; já no que diz respeito à crise econômica, jogará nas costas do trabalhador os prejuízos. Essa é a política dos capitalistas.
Diferente do que a direita e a esquerda pequeno-burguesa, seguidora daquela, vêm defendendo, que o confinamento e a quarentena seriam as únicas políticas possíveis para conter a pandemia, o povo não pode dar-se a esse luxo. Por isso, é preciso uma proposta de luta, de mobilização e de organização da população.
Os conselhos são essenciais para colocar em prática um programa independente de luta para os trabalhadores. Nesse sentido, já aparecem algumas iniciativas nesse sentido.
Os moradores da favela de Paraisópolis, na grande São Paulo, uma das maiores do Brasil, estão formando comitês para organizar a população da comunidade. Assinada por Gilson Rodrigues, coordenador nacional do G10 das Favelas, a nota convoca “420 voluntários que serão os ‘presidentes de rua’, com idade entre 18 e 40 anos e que estejam fora do grupo de risco.”
Os trabalhadores não podem ficar parados e se esconder. É preciso fazer alguma coisa para proteger suas vidas.
Em Blumenau (SC), no bairro de Ribeirão Fresco, na periferia da cidade, onde atua na Associação do bairro um companheiro do PCO, foi criado nessa terça-feira (24) um conselho popular. Esse é o caminho para superar a crise!
Leia abaixo trecho da matéria deste Diário sobre a formação do conselho:
“Entre as ações de organização que foram discutidas na reunião estão o levantamento de dados sobre o bairro, como o número de pessoas, sua renda, o número de idosos, crianças e dados de contato dos moradores. A intenção é criar uma rede de informações sobre a população da região, a fim de poder planejar a atuação do Conselho.
Foi também discutida a criação de um manifesto para o Conselho, em que serão colocadas diversas reivindicações, muitas delas presentes no programa do PCO para a crise do coronavírus e econômica. Entre elas, estarão distribuição gratuita de máscaras, álcool gel e outros materiais de proteção; testes em massa do coronavírus para a população; transformação das escolas fechadas em restaurantes públicos; a denúncia da omissão dos governos municipal, estadual e federal diante da situação, entre muitas outras.
Segundo o companheiro Matheus Vetter, militante do Partido da Causa Operária que estava presente na reunião:
‘A recepção do pessoal foi bem positiva. É necessário chamar o povo à mobilização. Os sindicatos estão fechados, porém os moradores ainda estão no bairro e são necessidade nossa. O conselho popular irá fazer reuniões diárias. Nossa intenção é atuar com base em duas políticas, uma de reivindicações externas e uma de ações práticas imediatas. Pretendemos pressionar o poder público, mas sem ter ilusões de que eles resolverão os problemas’.”
Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.
É preciso seguir o exemplo dos companheiros e formar esses conselhos em todo o País, apresentando um programa de luta do povo para superar a crise.