A crise na saúde em decorrência do corona vírus no Brasil mal se instaurou e a população das periferias brasileiras já começam a serem prejudicadas. A prefeitura de Curitiba, gestão de Rafael Greca, do DEM, junto com a Sanepar, decidiu interromper o abastecimento de água em sete bairros na periferia de Curitiba. Os bairros atingidos são Alto Boqueirão, Boqueirão, Ganchinho, Hauer, Pinheirinho, Sítio Cercado e Xaxim. O desabastecimento começou no último domingo (15), e tem previsão de normalização na madrugada da próxima terça-feira (17).
Alegando a falta de chuvas na região da capital paranaense nos últimos dias e o aumento do consumo, a Sanepar simplesmente decidiu cortar o abastecimento dos bairros, prejudicando a vida dos moradores da periferia em pleno surto de uma pandemia, onde cuidados com a higiene são essenciais. A falta de responsabilidade vinda da Sanepar e da prefeitura é mais evidente se levarmos em conta que a cidade de Curitiba já tem cinco casos confirmados do coronavírus. Além disso, o estado do Paraná vem enfrentando altas temperaturas nos últimos dias, o que só agrava a situação e também mostra a necessidade do abastecimento ininterrupto.
Para aumentar mais ainda as justificativas da política higienista, a Sanepar disse que casas que tenham caixa d’água não seriam afetadas, ou seja, as residências que só dispunham do recebimento direto e sem condições de armazenamento, ficariam completamente sem água. Como sempre, em situações que necessitam medidas mais drásticas, a direita age sem pestanejar em prejudicar a população mais pobre.
Casos como o de uma pandemia, necessitam de medidas emergenciais e que beneficiem e protejam a população trabalhadora da forma mais efetiva possível para evitar o contágio e consequentemente o número de infectados e mortos. O PCO apresentou, no último sábado (14), um conjunto de medidas necessárias para fazer frente á esse tipo de caso que é o coronavírus, além da crise capitalista que anda juntamente com essa situação. Dentre as medidas, temos justamente a proibição de cortes de luz e água, afinal a população necessita de condições básicas garantidas para se proteger e também se manter em caso de uma quarentena.
A população proletária deve lutar para que as medidas sejam tomadas e os trabalhadores passem por essa crise tanto de saúde quanto capitalista, de forma menos prejudicial possível. Isso só será possível se nos livrarmos da direita e suas políticas neoliberais higienistas e contra o trabalhador, começando pelo Fora Bolsonaro.