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Lição para os dias atuais

16/1/1975: Angola se torna independente com o povo de armas na mão

Após centenas de anos de exploração, os angolanos se organizam, se armam com a ajuda dos camaradas de outros países, e conquistam sua liberdade

Após quatrocentos anos de dominação, a Angola iniciou sua independência em 16 de janeiro de 1975, quando Portugal assinou o Acordo de Alvor, seguido de uma grande luta armada do povo contra o Imperialismo.

Angola, nome dado em homenagem ao rei da época, N Gola, foi descoberta em 1482 pelo navegador português Diego Cão, viveu durante o século XVII sob a ocupação holandesa, ainda que tenham permanecido praticamente apenas nas áreas costeiras e sofrendo com a chegada de outros países europeus na região. Os portugueses, buscando realizar a compra de escravos a serem enviados para a América do Sul, por sua vez, dominaram o litoral durante algum período e partiram para a exploração do interior, instalando-se no atual território completo da Angola no final do século XIX. Além do envio dos escravos, os portugueses iniciaram também a utilização de recursos naturais da região com a mão-de-obra local como escravos.

Sobre o  processo de independência angolano, se decorreu um desenrolar muito conturbado, devido a uma série de controvérsias políticas que são típicas dos países atrasados e explorados pelo imperialismo. Houve o surgimento de vários movimentos, incluindo grupos armados que não aceitavam mais as atrocidades dos invasores em sua terra e na região, bem como a pilhagem da riqueza da “joia dourada” entre as colônias portuguesas (a mais rica). A colônia também era a principal no que se trata de números de colonos brancos e situação militar, caso precisassem conter revoltas anti-colonialistas.

Os grupos criados eram três: a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), que dependia dos investimentos dos Estados Unidos e da República do Zaire; o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA), apoiado pela União Soviética (burocratizada por Stalin) e pela Zâmbia; e finalmente, a União pela Libertação Total de Angola (UNITA), que recebia a ajuda da China e era aliada formal do governo português de Marcelo Caetano. Era uma representação típica da Guerra Fria.

Neste cenário a Conferência de Bandung, em 1956 foi fundamental, pois reuniu diversos países africanos que se posicionaram criticamente em relação ao colonialismo. Assim, o ano de 1960 ficou marcado como “Ano Africano”, pois um número expressivo de países conquistou sua independência do colonialismo francês e inglês, como o Camarões, Costa do Marfim, Benin, Burkina Faso, Níger, Mali, Somália, Nigéria, Mauritânia e Gabão. Nos anos seguintes Serra Leoa, Tanzânia, Quênia, Gambia, Ruanda e Uganda tiveram suas independências decretadas e somando-se a luta do Congo, Egito, Líbia, Etiópia, Tunísia, Marrocos e Gana. A intervenção das grandes potências mundiais na independência do país tornou-se inevitável, posto que toda região se convulsionava pela luta anti-colonial, e, é claro, após as Revoluções Norte Coreana e Cubana, que ajudaram militarmente os angolanos.

Em 1974, o governante português, general Antônio Spínola, reuniu-se com o presidente Richard Nixon nos Açores, em 19 de junho de 1974, para abordar o tema da independência, sendo obrigado pela Revolução dos Cravos dentro de seu próprio país, o que influenciou ainda mais os povos oprimidos de todo o mundo.

O desenrolar da luta armada em toda região, que na época envolvia Angola, Zaire, Luanda e outros, demanda muitas e muitas linhas de texto para que o leitor compreenda a importância da organização. Assim sendo, indicamos a leitura de outros textos sobre o tema, bem como de polêmicas tratadas mundialmente, para maior absorção dos camaradas. Vale aqui ressaltar, que a ajuda da China, Cuba, Coréia do Norte, URSS – mesmo que alguns desses tenham sabotado o envio de grande armamento para a vitória dos angolanos, e por vários motivos que aqui não conseguiremos entrar – demonstra a importância da uta internacional contra o imperialismo.

Bem como, que, dois meses depois da chegada ao poder, em março de 75, outros grupos armados declararam guerra ao MPLA, cujo caminho para assumir o governo angolana já estava traçado devido a popularidade e força do movimento, o que afundou o país em uma guerra civil que duraria até 2002, quando morre Jonas Savimbi, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e principal antagonista do MPLA.

O povo angolano se organizou, se armou contra a opressão que viveram durante centenas de anos, conquistando através da força seu objetivo de libertação. A premissa ainda é a mesma: o imperialismo usa armas, então temos que usa-las também!

Desde a ascensão do imperialismo, o nacionalismo no Terceiro Mundo assumiu um caráter revolucionário, pois as lutas coloniais e neocoloniais passam por duas etapas, mesmo que de formas particulares: democratas nacionais e socialistas. Porém, já está mais do que provado que é o proletariado a única classe capaz de fornecer liderança revolucionária consistente.

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