Terminou no último dia 27, o prazo dado pelo governo ilegítimo de Bolsonaro, por meio do Ministério da Educação (MEC), para adesão das unidades da Federação ao programa fascista de militarização das escolas denominado Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares.
Segundo balanço divulgado pelo MEC, o governo de 15 Estados e do Distrito Federal, manifestaram interesse em aderir ao Programa, que o governo pretende impor em 54 escolas, como “modelos”, para servir de base a uma ampliação futura dessa política reacionária de colocar as escolas sob a tutela de instituições militares, como a Polícia Militar, responsáveis por levar adiante uma guerra contra a população pobre, trabalhadora e negra, de todo o País.
Todos os governadores das regiões Centro-Oeste, Sul e Norte aderiram. No Sudeste, apenas Minas Gerais solicitou Participar e dos nove Estados do Nordeste, apenas o governo do Ceará, Camilo Santana (PT), mostrou interesse em apoiar a proposta fascista do governo Bolsonaro que, como declarou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, “é uma das bandeiras presentes no programa de governo do presidente Jair Bolsonaro”.
O governo quer instalara duas escolas em cada Estado e no DF. Nos próximos dia (4 a 11/10), o MEC estabeleceu as prefeituras deverão solicitar participação, podendo, inclusive,se inscreverem, governos municipais direitistas dos Estados cujos governadores não solicitaram adesão.
A adesão do governador cearense, um “cirista” filiado ao PT, evidencia a disposição deste setor de se aproximar do governo ilegítimo de Bolsonaro e de seus programas fascistas. Não se trata de uma exceção, o governador já solicitou apoio ao ministro fascista Sérgio Moro, para usar a Força de Segurança Nacional na repressão nos presídios cearenses e seu padrinho político, Ciro Gomes – como outros políticos reacionários que se travestem de “esquerda” -, desejou sucesso ao presidente Bolsonaro e fez inúmeras declarações de ataque ao ex-presidente Lula e ao PT, se colocando ao lado da direita que defende a criminosa operação Lava Jato.
Esses mesmos setores que endossam a escola com fascismo de Bolsonaro, apoiam a repressão de seu governo, contra os trabalhadores e a juventude, querem se passar por lideranças de uma suposta frente ampla, que visa resgatar setores do centrão, como o DEM e o PSDB, profundamente desgastados diante da população por sua política de ataque aos trabalhadores, apoio ao golpe de Estado etc.
É preciso denunciar essa política e superá-la por meio de uma intensa luta contra esse Programa reacionário do governo ilegítimo de Bolsonaro e pelo fim do seu governo.