Segundo informações do portal G1, em matéria publicada no último dia 23, um estudante da rede pública de ensino foi proibido de embarcar em ônibus no Rio de Janeiro. O motivo, segundo denunciou o próprio estudante Eduardo Medeiros Ferrari em vídeo publicado nas redes sociais, era o uso de um turbante de candomblé.
Segundo a denúncia, o motorista do ônibus da linha 550 em Jacarepaguá não permitiu o embarque, obrigando o estudante a descer do ônibus. A justificativa para tal ação seria o uso do turbante. O estudante então foi obrigado a embarcar em outro ônibus.
A denúncia revela o clima de obscurantismo impulsionado pela extrema-direita golpista. O crescimento da extrema-direita, a maioria dela ligada ao fundamentalismo religioso representado principalmente pelas igrejas evangélicas, foi uma consequência do golpe de Estado que colocou em marcha uma política de ataques contra manifestações populares e da cultura do povo.
Nesse sentido, as religiões de matriz africanas são um dos principais alvos dessa extrema-direita justamente por representar um setor mais popular e oprimido da população, que são os negros e os povo pobre da periferia.
É mais um exemplo de que é preciso reagir aos ataques da extrema-direita com energia. É preciso organizar comitês de auto-defesa e levantar a luta contra Bolsonaro e todos os golpistas.