Da redação – O governo da Polônia pretende instalar uma base militar norte-americana em seu território, intenção que foi reforçada em outubro por declarações de sua chancelaria.
Em entrevista à agência russa de notícias Sputnik, o ministro de Relações Exteriores do país do leste europeu, Jacek Czaputowicz, reafirmou que a nação pretende que os Estados Unidos mantenham uma presença militar permanente na Polônia, reforçando a cooperação militar e construindo uma base para operações bélicas.
Obviamente que, em se tratando de um país atrasado, a Polônia não toma decisões por conta própria. A direita que comanda o país desde a queda do bloco soviético, no final dos anos 80, é altamente pró-imperialista. Nesta mesma nação os próprios EUA já haviam instalado um centro secreto de prisão e tortura, que operou durante anos e acabou sendo oficialmente fechado devido ao grande escândalo que foi sua descoberta.
Donald Trump, presidente norte-americano, após reunião com o presidente de extrema-direita da Polônia, Andrzej Duda, disse que é provável que a instalação de uma base militar dos EUA seja realizada, e que o governo polonês estaria dispostos a “pagar milhões” de dólares por isso.
Como dissemos, não é que, soberanamente, a Polônia queira uma base norte-americana. Trata-se de pressões imperialistas para a instalação de uma nova base no Leste Europeu. O objetivo é cercar cada vez mais a Rússia, país que encontra-se em contradição com o imperialismo. As manobras militares e bases da OTAN vão exatamente nesse sentido.
E a Polônia, governada por uma direita treinada para ser excessivamente antirrussa e anticomunista, já é, na prática, uma base norte-americana. Cerca de 3,5 mil militares dos EUA permanecem no país anualmente em uma brigada de tanques rotativa, além de a OTAN contar com outros mil militares.
A Rússia, bem como seu vizinho (e da Polônia), Belarus – ambos governos nacionalistas – denunciam a possibilidade de uma base militar norte-americana na região como ameaça a sua segurança nacional, bem como denunciam os exercícios militares da OTAN que ocorrem com cada vez mais frequência no Leste Europeu, e que, neste exato momento, ocorrem na Noruega, também próximo à Rússia.