A matéria de capa divulgada pelo site “O Tempo” nesta segunda-feira, dia 5 de novembro, aponta que o novo presidente da República, Jair Bolsonaro, fará uma cerimônia de posse inédita, diferente do procedimento realizado pelos presidentes anteriores. Trata-se da possibilidade de cancelamento do tradicional desfile aberto na cerimônia de posse.
O rumor mencionado acima partiu de Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do recém-instalado Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que encomendou um estudo para reforçar as medidas de segurança para Bolsonaro e sua família a partir de 1º de janeiro. Segundo Etchegoyen, diversas ameaças têm sido identificadas, inclusive partindo de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) e, por esse motivo, o esquema de segurança “será muito mais severo do que qualquer outro titular do Planalto já viu ou teve”. Lembrando que Bolsonaro sofreu um suposto atentado (facada) no dia 6 de de setembro em Juiz de Fora (MG), enquanto realizava sua campanha de rua durante o 1º turno das Eleições.
Ainda de acordo com “O Tempo”, além da possibilidade de se extinguir o desfile de posse em carro aberto, estuda-se também a adoção de medidas utilizadas para protegerem os presidentes norteamericanos, como o fim das entrevistas nas quais o presidente fica rodeado por repórteres (o “quebra-queixo”, no jargão jornalístico), e reformulação e viagens e contatos com o público. A equipe do GSI, formada por soldados do Exército, passarão a tomar conta de Bolsonaro na virada de ano. Caso seja solicitado, há possibilidade de serem convocados mais de 800 seguranças para fazer o reforço durante o processo de tomada de posse do cargo à presidência.
Só esse fato demonstra o quanto esse governo já é impopular antes mesmo de ele ter se iniciado. Um presidente que foi “eleito” por meio de um processo totalmente fraudado pela burguesia, que retirou o líder em todas as pesquisas, Luís Inácio Lula da Silva, prendendo-o injustamente e retirando-o da corrida eleitoral, fazendo com que houvesse o maior número de brancos, nulos e abstenções desde 1989 e fazendo com que Bolsonaro fosse “escolhido” pela “maioria” de forma artificial.
Bolsonaro é o mesmo que têm ameaçado amplos setores da classe trabalhadora (homossexuais, negros, mulheres, moradores de periferia, quilombolas, indígenas, etc.), prometeu retirar uma série de direitos sociais e dos trabalhadores, conquistas essas obtidas com muita luta e sacrifício do povo. Agora, está reforçando a sua segurança com medo de retaliações desses mesmos setores que ameaça e ataca.
Por isso, não é possível acreditar nas Eleições super fraudadas. É necessário rejeitar esse futuro governo e fortalecer a luta contra os golpistas e exigir a liberdade para Lula urgentemente.