A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) em Santa Catarina solicitou ao Facebook, Instagram e Whatsapp que censurem qualquer mensagem alegando que houve fraude nas urnas eleitorais. Segundo o procurador Marcelo da Mota, as denúncias de fraude nas eleições configurariam crime eleitoral, e essa medida é uma forma de combater as “Fake News”. A denuncia de fraude “constitui verdadeiro risco à soberania do voto e à regularidade das eleições”, segundo o procurador que acrescentou que incitam a desordem e desinformação da população.
Por mais irônico que seja essa ação da PRE é mais uma prova da fraudulência dessas eleições. Estamos diante um caso de censura, onde não se pode sequer questionar a legitimidade do resultado das urnas. Estão proibindo as pessoas de se manifestarem contra o processo eleitoral, uma afronta ao direito de expressão e a liberdade política. Enquanto a polícia apreende materiais panfletários da esquerda, o judiciário cala o povo nas redes sociais.
A “legitimidade” para esse tipo de censura foi uma armadilha meticulosamente armada pela burguesia na qual a esquerda caiu sem se dar conta. Antes das eleições começarem já havia um campanha contra as “fake news”, e criaram-se diversos órgãos reguladores de notícias controlados pela própria imprensa tradicional e pelas instituições golpistas. Essa campanha, embora tenha, a princípio, aparentado ser isenta para alguns, correndo atrás de movimentos como o MBL, notórios caluniadores, sempre teve por real objetivo criar antecedentes para calar a esquerda durante o processo eleitoral, que é totalmente controlado pela burguesia.
Quando as “Fake News” são favoráveis à burguesia como no caso escandaloso de caixa dois do candidato Jair Messias Bolsonaro, o TSE faz uma declaração ao público dizendo que nada será feito. Porém, quando a esquerda denuncia a fraude eleitoral, rapidamente as instituições se movimentam para “lutar” contra a “desinformação” e a ameaça das fake news.
Nos exemplos usados pela PRE estão vídeos de pessoas denunciando que a fraude está sendo feita contra o PT. Está mais que claro para a população que não há nenhuma verossimilidade nesse processo e que ela não está representada no legislativo e nem espera ser representada no executivo tamanhas são a arapuca e a farsa instituídas.