Em meio a uma intensa campanha contra o candidato fascista e aloprado da direita, Jair Bolsonaro, visando apresentá-lo, agora, como um espantalho que todos devam temer, a direita busca criar uma frente única, com a participação de amplas parcelas das direções da esquerda pequeno burguesa (do PSOL, PSTU, PCdoB e PT), sob a ilusória miragem de que derrotar o capitão do Exército, seria derrotar o “mal maior”.
Busca-se assim criar uma pseudo unificação do País, que vai do grupo fascista MBL, que apóia a candidatura de Geraldo Alckmin até os defensores da “rebelião” e da prisão de Lula, do PSTU. Chegando-se a um absurdo de propor atos unificados em torno da política “#elenão”
A manipulação é clara até mesmo nos resultados apresentado pelas pesquisas. Bolsonaro teria até 30% das intenções de votos, da parcela do eleitorado que supostamente teria decidido seu voto, ou seja, teria 30% de 65% dos eleitores. Isto equivale, a cerca de 19,5% de apoio. Deste total, as pesquisa indicam que, algo em torno de 60% seria de eleitores fiéis, que não estariam disponíveis para alterarem seu voto. Dando crédito a esses dados manipulados por grupos capitalistas com interesses bem definidos nas eleições, o suposto líder nas pesquisas teria o apoio “definitivo”de cerca de 12% dos eleitores, o que precisaria se confirmar no dia da eleição e que não garante nenhuma maioria ou sequer a presença no segundo turno.
Nestas condições, a eleição esta muito longe de estar minimamente definida.
Em tais condições, em torno da campanha anti-Bolsonaro, está cada dia mais evidente que a imprensa golpista a serviço de uma manobra que visa transferir o resultado de toda essa campanha contra Bolsonaro em favor do candidato preferencial dos bancos, do grande capital internacional e da maioria golpista: o tucano Geraldo Alckmin.
Desde a imprensa internacional, até os mais raivosos jornais da imprensa golpista realizam um esforço concentrado para manter a ilusão na esquerda e nos explorados em geral de que a questão central é derrotar Bolsonaro, enquanto se articula uma segunda etapa da fraude eleitoral, depois da prisão e cassações da candidatura do único candidato com real apoio popular, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva.
Há pouco menos de duas semanas para as eleições, a direita está colocando em marcha sua operação fraudulenta para buscar referendar em um processo eleitoral viciado um “novo” carrasco que dê continuidade aos planos de fome, miséria e entrega da economia nacional implementados parcialmente pelo governo Temer, com o apoio de quase toda a corja reacionária que, agora, finge lutar contra o “mal maior”, que não é Bolsonaro, mas o próprio golpe de estado que só pode ser derrotado por meio de uma ampla participação popular.