Estados Unidos

Tensão escala em Los Angeles com chegada da Guarda Nacional

Em resposta, o governador Newsom acusou Trump de "fabricar caos e violência" e solicitou formalmente à Casa Branca a retirada das tropas federais

A cidade de Los Angeles se tornou o centro de uma escalada de tensões nesta segunda-feira (9) com a iminente chegada do contingente completo de 2.000 soldados da Guarda Nacional e o aprofundamento dos confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

Até o fechamento desta edição, a totalidade dos 2.000 soldados da Guarda Nacional estavam posicionadas em Los Angeles, conforme informações de autoridades norte-americanas à Associated Press. Cerca de 1.000 soldados já se encontravam na cidade na manhã, integrando a recém-formada Força-Tarefa 51, sob o comando do general de divisão Scott Sherman, vice-comandante do Exército Norte dos EUA.

O domingo (8) foi marcado por intensos confrontos nas ruas da cidade, colocando soldados da Guarda Nacional e manifestantes em confronto. O chefe do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), Jim McDonnell, informou que aproximadamente 60 pessoas foram detidas durante os protestos. Vídeos que circularam mostram o uso de gás lacrimogêneo e jatos d’água pelos agentes para dispersar as aglomerações. A polícia também precisou interditar um trecho da Freeway 101 depois que manifestantes lançaram objetos na pista e atacaram viaturas, mantendo o bloqueio até nova ordem. Há relatos de veículos incendiados, vias bloqueadas e feridos tanto entre manifestantes quanto entre policiais e jornalistas.

As declarações políticas se intensificaram com a situação. Donald Trump, presidente dos EUA, defendeu sua decisão de enviar tropas, classificando-a como “decisão excelente” e alegando que Los Angeles teria sido “completamente destruída” sem a intervenção federal. Ele reiterou suas críticas ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, e à prefeita de Los Angeles, Karen Bass, afirmando que os protestos seriam obra de “insurrecionistas profissionais”. Trump chegou a sugerir que apoiaria a prisão do governador Newsom, seguindo a linha do “czar da fronteira” Tom Homan, que ameaçou prender qualquer um que obstruísse as ações de fiscalização imigratória, incluindo Newsom e Bass.

Em resposta, o governador Newsom acusou Trump de “fabricar caos e violência” e solicitou formalmente à Casa Branca a retirada das tropas federais, alegando uma violação da soberania estadual. Por sua vez, a prefeitura de Los Angeles declarou o centro da cidade como zona de aglomeração proibida, exigindo a saída imediata dos manifestantes.

Essa é a primeira vez em mais de 60 anos que um presidente dos EUA mobiliza forças federais para um estado sem o consentimento de seu governador. A medida foi amparada pelo Título 10 do Código dos Estados Unidos, que permite o uso da Guarda Nacional em casos de “rebelião ou perigo de rebelião contra a autoridade do governo dos EUA”.

As operações do Immigration and Customs Enforcement (ICE) prosseguem, com a meta do governo Trump de prender 3.000 estrangeiros por dia e expandir suas ações para além dos bairros considerados de maior perigo. Um memorando presidencial autoriza o envio de militares para qualquer região onde o ICE encontre resistência na realização de prisões e deportações.

A situação em Los Angeles permanece intensa, com o aumento da presença militar e a continuidade dos protestos e confrontos.

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