Hélio Rocha

Possui graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2013). Atualmente é repórter de meio ambiente e direitos sociais em Plurale em Revista e correspondente em Pequim.

Coluna

Stormwitch: a bruxa esquecida do power metal

A versatilidade foi uma das mais importantes características da banda, que não funcionou comercialmente em virtude das múltiplas crises de formação que ela sofreu

Na metade dos anos 1980, quando o rock já, aos poucos, saturava-se com as numerosas e repetitivas bandas de hard rock à glam metal e seus muitos homens fantasiados de mulheres e muito laquê e brilhantes, a Alemanha não pediu licença aos Estados Unidos e ao Reino Unido, então os centros do rock mundial, para arrastar multidões apaixonadas com o seu gênero por excelência: o power metal.

Mais tarde um estilo em que o Brasil também seria expoente, com Angra e Shaman, em solo germânico o estilo floresceu com bandas como Helloween, Blind Guardian, Accept, Grave Digger etc, formando a base para o que seria um segundo passo a fazer do país a casa do heavy metal mundial: a realização do primeiro festival Wacken Open Air, em 1990. Trinta e cinco anos depois, ele é a Woodstock moderna, muito mais que os festivais realizados com o nome emprestado ao original.

Subestimados, mas pioneiros e versáteis

A banda nos anos 80, acima, e, ainda na ativa, com sua formação atual.

Dentre todas as bandas referências do power metal, de “Walls of Jericho” (1985), do Helloween, até o mítico “Avantasia: the metal opera” (1999), projeto liderado por Tobias Sammet, vocalista do Edguy, poucas são esquecidas por uma base de fãs apaixonada por suas melodias dramáticas, riffs e estrofes aceleradas, solos barrocos, harmonias rebuscadas e letras sobre sentimentos profundos, fantasia e história.

Uma, entretanto, estava no nascimento do power metal e se perdeu no tempo: a velha bruxa, Stormwitch, uma banda tão raiz e tão prolífica em boas produções que surpreende a cada um que a conhece.

Liderada por Andy Aldrian, vocalista, e passando por inúmeras mudanças de formação no curso dos anos, Stormwitch foi do power à Helloween, com “Ravenlord”, do álbum “Stronger than heaven” (1985); passando por, no mesmo álbum, um canção à new wave of british heavy metal como “Jonathan’s diary”, sobre o livro “Drácula” (1987), de Bram Stoker; ou mesmo chegando ao próprio hard rock oitentista, com “The beauty and the beast”, de álbum homônimo de 1988. A versatilidade foi uma das mais importantes características da banda, que não funcionou comercialmente em virtude das múltiplas crises de formação que ela sofreu.

Vale a pena ouvir?

Albuns “Tales of Terror” (1985), “Beauty and the beast (1988), e “Bound to the Witch” (2018), o mais recente.

Sim, se ponderadas as dificuldades de gravação, de uma banda de pouco orçamento, que demonstra capacidade de composição em medida muito maior que seus recursos técnicos. Ainda assim, fica a dica de canções como as citadas acima, além de “Emerald Eye”, do álbum “Beauty and the beast”, “Walpurgis night”, de álbum homônimo de 1984, “Trust in the Fire”, do álbum “Tales of terror” (1985) e “Priest of evil”, também do “Walpurgis night”, a qual deixei por último por que é minha favorita.

Fica abaixo vídeo e letra:

Now the last rays of the daylight
slowly fade away
(the) night’s closing in
Outside of the village
there’s a meeting on the hill
they call ‘the sin’

Torches blaze
the air is full of sulphur yellow haze
Holy beast
they’ve come to celebrate your bloody feast

Priest, priest of evil
adores the number six six six
Priest, priest of evil
spits on every crucifix

Take the black chalk, made of bone-meal
draw the evil pentagram
Satan will rise
Mix the fresh blood of a he-goat
with the ashes of a witch
black sacrifice

Lord of hell
ride out on your stallion, chime the bell
Duke of hell
touch their feverish bodies with your breath

Priest, priest of evil…

Oh, make them cry, make them bleed
Oh, give them all that they need
oh, all is well that ends well

Priest of evil, priest of hell

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